Reencontro Parte 9 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Queria ir com ele! Eu me sinto tão bem ao seu lado, diz ela meio triste.

- Não fique triste, ele está cumprindo sua tarefa, e você se prepare para a sua.

- E qual será a minha Leopoldo?

- Primeiro você vai estudar muito e se aprimorar, depois disso você irá auxiliar no centro de reintegração.

- Posso lhe fazer uma pergunta?

- Sim, claro.

- Minha mãe está situada nesse lugar?

- Não, ela se encontra em outro alojamento.

- Um dia eu poderei vê-lá?

- Claro, só é preciso esperar o tempo certo, agora preocupe-se com você, e em sua evolução.

- Deus perdoou meu ato de suicídio Leopoldo?

- O que você acha?

- Penso que sim, senão ainda estaria naquele lugar horrendo e fétido.

- Sophia o Pai supremo, perdoa a todos que chegam a ele com verdade no coração.

- Quero servir a Deus.

- E assim será, mas você tem que estudar, uma lição você já concluí.

- Eu até sei qual é, errei muito, tirei meu maior bem minha vida, vaguei no vale e quando pensei que não tinha mais força, firmei meu pensamento em Deus e com fé no coração ele me resgatei.

- Resumindo, você aprendeu que Deus ama a todos, até aqueles que cometem erros.
- Quero passar isso para outras pessoas.
- E assim será.
Sophia e ele entram em um foco de luz, rumo a escola do bem, ela ficou lá por três anos. Passado esse período já aprimorada, em fim ela pode auxiliar os irmãos que retornavam da terra para habitar no paraíso perdido.

Autora: Ana Paula Catarino

(Fim)

Reencontro Parte 8 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

No dia seguinte Sophia recebe a visita de Leopoldo.

- Bom dia minha cara, diz ele a Sophia.

- Bom dia senhor.

- Como se sente?

- Melhor agora, eu o conheço?

- Sim, ajudei no seu resgate.

Rafael entra no quarto.

- Bom dia Sophia, diz ele.

Ao vê-lo, ela se levanta e o abraça forte.

- Que bom te ver.

Ainda abraçado a ela, ele cumprimenta Leopoldo.

- Olá caro amigo.

- Olá Rafael, vejo que ela está melhor.

- Me sinto ótima, diz Sophia soltando-se de Rafael.

- A partir de hoje você está de alta Sophia, diz Leopoldo.

- Que maravalha!

- Eu serei o seu mentor daqui para frente.

- Eu queria que o Rafael fosse esse tal mentor, ele não pode ser?

- Sophia queria muito ser o seu mentor, só que tenho uma tarefa árdua, hoje parto para outra dimensão.

Ela fica meio triste.

- Você volta, não volta?, diz ela com lágrimas nos olhos.

- Quem sabe, se Deus me proporcionar, com toda certeza eu volto.

Ela o abraça mais uma vez.

- Tenho que ir, só vim me despedir de você, se cuida querida.

- Até um outro dia Rafael.

- Tchau Leopoldo, cuide bem dela para mim.

- Pode deixar, siga em paz amigo.

- Que Deus esteja com vocês.

Rafael sai.

Reencontro Parte 7 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Rafael vem visita-la.

- Olá Sophia.

Ela se encanta ao vê-lo novamente.

- Anjo! Foi você que me resgatou?

- Não querida, o que te resgatou foi a sua fé.

- Aquele lugar era horrível.

- Esqueça ele certo, pense só no seu hoje, no seu agora.

- Como você se chama mesmo?

- Me chamo Rafael.

Ela sorri para ele.

- Obrigada Rafael, sabe eu pareço conhecer você de algum lugar.

- Deve ser de outras vidas, mas me conte como se sente? Faz sete dias que você está internada.

- Nossa já passou tudo isso?

- Sim.

- Me sinto bem melhor, só meu peito que dói um pouco ainda.

- Essa dor vai passar, ela é a cicatriz da sua partida pós terra.

- Eu sei que cometi suicídio, vi no lago.

- É minha cara, mas como te disse se importe com o seu agora, o que passou, passou.

- Quando vou ter alta?

- Breve, vou deixar você agora, descanse.

Ele beija a testa dela.

- Fique mais um pouco, sua presença é tão boa Rafael, me passa uma paz.

- Vamos nos ver mais vezes, descanse Sophia.

Ele sai.

Autora: Ana Paula Catarino

(Continue...)

Reencontro Parte 6 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Sophia desperta, o frio que passa pelo seu corpo a deixa angustiada, ela se levanta e caminha, a sua volta é só escuridão, tristeza, lama e gritos.

- Esse pesadelo não acaba, diz ela.

Com fome e sede ela avista um lago, se aproxima dele a água é escura e fétida, mas a sede de Sophia é maior, ela se agacha coloca a mão na água, ao fazer isso ela é puxada para dentro do lago, ela se debate, flashes do seu suicídio lhe veem a cabeça, ela grita.

- Socorro!

Seu corpo segue afundando, Sophia não vê mais nada, o peso é tão grande que ela sente fortes dores, quase no fundo ela se encoraja e abre os olhos, e diz a si mesma.

- Eu não quero afundar, eu não posso, eu não vou afundar, Senhor santo Deus vem ao meu socorro, perdão Pai, me tira desse sufoco.

Seu sincero arrependimento a tira daquele inferno, uma luz branca embala o espírito de Sophia, ela é transportada para um centro de recuperação, a mesma casa a qual um dia ela habitou. Quando acorda, ela se sente surpresa, pois a luz branda do lugar lhe passa uma calma, ela não sente dor alguma, uma enfermeira que estava a prestar serviços veio ao encontro de Sophia.

- Como se sente?, pergunta a enfermeira.

- Bem obrigada.

- Que bom, daqui algum tempo você vai estar melhor e recuperada, agora descanse.

Sophia não acreditava, em fim sairá daquele lugar escuro e horrendo.

Autora: Ana Paula Catarino

(Continua...)

Reencontro Parte 5 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

De volta a morada do bem, Rafael dialoga com Antônio o matriarca do lugar.

- Ela está muito mal, diz Rafael de referindo a Sophia.

- Procure canalizar suas energias, senão sua frequência pode baixar, foi a escolha dela.

- Tentei intervir, como deixou o Pai Supremo, só que surda pela dor ela não me ouviu.

- Tinha que ser assim, ela cometeu esse erro uma vez Deus a perdoou e a salvou, agora passado um tempo ela o comete novamente, para aprender ela vai ter que arcar com as consequências.

- E Elena como está?

- Ainda dorme, está em outra morada, tudo indica que ela ficará bem na graça do Senhor.

Elena era a mãe de Sophia.

- Que bom, quem sabe juntos não podemos salvar Sophia.

- Entenda Rafael, o laço entre você e Elena não existe mais, cada um seguiu o seu caminho, tudo que aconteceu foi para a evolução de ambos, agora nesse plano as coisas são diferentes, talvez você e ela não se encontre mais.

- Entendo, quero ao menos poder auxiliar a minha filha.

- Se Deus permitir assim será, pense positivo e tomara que Sophia possa enxergar o erro que cometeu e se arrependa dele sinceramente, só assim ela vai sair de lá.

- Assim espero meu caro amigo.

Autora: Ana Paula Catarino

(Continua...)

Reencontro Parte 4 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Rafael diz com voz serena.

- Olá Sophia.

- Você é um anjo?, diz ela encantada com ele.

- Não, sou somente um amigo que Deus permitiu vir ao seu auxílio.

- Que lugar terrível é esse?

- É o meio entre céu e terra, uns chamam de umbral, inferno, ou limbo.

- Como eu vim parar aqui?

- Você escolheu isso Sophia.

- Quero sair desse pesadelo, me ajuda por favor? Você me ajuda?

- Só você pode abrir a porta e sair daqui.

- Eu não quero ficar aqui, grita ela.

- Toda ação tem uma reação, você causou tudo isso Sophia, essa foi a sua escolha.

- Me leva junto com você.

- Não posso querida.

- Por que não?

- Já lhe disse, só você pode abrir a porta para sair daqui, tenho que ir agora.

Ele some, e a escuridão ronda Sophia novamente.

- Volta me tira daqui.

Fraca ela cai ao chão novamente e apaga por alguns minutos.

Autora: Ana Paula Catarino

(Continua...)

Reencontro Parte 3 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Assim como da primeira vez, ela acordou num lugar escuro, fétido e frio. Seu corpo doía muito, os gritos incomodavam seus ouvidos, ela caminhava na lama, de repente um homem todo vestido de preto a puxa pelo braço e lhe dá boas vindas.

- Bem vinda ao inferno querida, diz ele gargalhando.

- Me solta, diz ela assustada.

- Esse foi o seu fim, essa é sua nova morada.

Ele gargalha forte e chamas de fogo aparecem em volta dela, assustada Sophia corre.

- Não adianta correr, o inferno vai junto com você.

Ela corre muito, procura saídas e não acha, vê pessoas pedindo socorro, fica mais assustada, pensa estar sonhando, sente uma forte dor no peito e cai ao chão, ela começa a chorar e a lembrar de Deus.

- Meu Deus que pesadelo é esse?, se pergunta ela.

Seu corpo treme, o cheiro forte do lugar faz com que ela tenha enjoos, novamente em meio a tanta escuridão Sophia clama a Deus.

- Meu Deus quero sair daqui.

Ela não sabe que está morta, e que a escolha do suicídio a levou até ali, seu consciente está perturbado, no meio de tudo aquilo Rafael surge, vendo aquele foco de luz Sophia se aproxima dele.

Autora: Ana Paula Catarino

(Continua...)

Reencontro Parte 2 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

No dia do enterro chovia forte, Sophia estava muito triste e revoltada, ficou um tempo vendo o tumulo da única pessoa com quem ela podia contar, depois de um tempo ela saiu a caminhar, pensamentos negativos cercavam-na, ao chegar na ponte onde á quinze anos atrás tivera pulado a fim de cometer o suicídio, ela debruçou sobre o parapeito, olhou as águas que com a força da chuva se movimentavam muito rápido, ficou mais pensativa ainda, chorava muito, se questionava.

- Porque, a vida é muito injusta, eu fiquei sem ninguém agora, se eu pular de novo, ninguém vai sentir a minha falta, dizia ela para si mesma.

Sophia subiu no parapeito igual da outra vez, uma voz lhe veio a cabeça, era Rafael tentando impedir aquele ato horrendo fosse cometido outra vez.

- Não faça isso Sophia.

- Eu quero morrer, disse ela.

Novamente Rafael lhe falou.

- Não faça isso, não cometa o mesmo erro outra vez.

- Eu não tenho nada a perder, disse ela com os olhos fechados pronta para pular.

- Não acabe com sua vida Sophia, disse Rafael.

Sem exitar ela pulou, caiu sobre as águas agitadas, seu corpo foi sendo arrastado pela correnteza, Sophia não lutava, nem fazia esforço algum, ela estava predestinada a morrer, ela queria morrer, e esse ato foi consumado, morreu afogada na angústia e medo.

Autora: Ana Paula Catarino

(Continua...)

Reencontro Parte 1 (Saga Paraíso Perdido)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Passaram-se dez anos depois daquele acontecimento, Sophia agora já é uma mulher, só que a vida te leva a enfrentar novas lutas, sua mãe está muito doente e debilitada.

Já era tarde, ela sentiu seu corpo cansado e seus olhos pesados, sozinha em casa ela foi se deitar, logo ela dormiu e sonhou. Estava ela num lugar lindo, calmo, reluzente e florido, ao seu encontro veio Rafael.

- Olá Sophia vejo que está bem melhor!, disse ele.

- Engraçado, a gente se conhece de onde?, pergunta ela admirada.

- De tempos passados querida.

Quando retornou do coma, tudo que ela vivera no paraíso perdido foi apagado de sua mente.

- Esse lugar é lindo, parece até o céu.

- É um pedacinho dele, mas me diga como está você agora?

- Vou bem, minha mãe que está muito doente, tenho medo de perde-la.

- Deus fará o melhor por ela, está na hora de você acordar.

Sophia acorda com o toque do seu celular, é uma chamada do hospital, meio sonolenta ela atende.

- Alô

- Alô Sophia Magalhães, o doutor Carlos Mendonça solicita que a senhora compareça ao hospital.

- Aconteceu alguma coisa com a minha mãe?, pergunta ela já aflita.

- Não sei dizer, só o médico pode lhe dar as informações.

Ela desliga o telefone, troca de roupa e parte para o hospital.

De fato o pior acontecera, sua mãe tinha falecido por causa de uma parada respiratória, Sophia perde o chão, o ar,o sentido de sua vida.

Morava só ela e a mãe, não havia parentes, o pai de Sophia a abandonou ainda quando ela estava na barriga da mãe, sem muitas amizades o que seria dela agora?

Autora: Ana Paula Catarino

(Continua...)