quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 11

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Crianças vocês por aqui, diz Gustavo.
- Viemos te ver tio, diz uma menina.
Um garoto o olha, e o observa por uns instantes depois pergunta com inocência.
- O senhor vai morrer?
Luiza é quem responde ao garoto.
- Não, ele não vai. o tio só está um pouco fraco.
- Quando você volta para brincar com a gente?, pergunta outro menino.
- Em breve meus amores, diz Gustavo sorrindo.
- Crianças soltem as bexigas, e deem um abraço bem apertado no tio, diz Luiza.
E assim eles fazem, as bexigas ficam todas no teto do quarto.
- Agora vamos, o tio precisa descansar, digam tchau para ele.
Todas dizem juntas.
- Tchau tio Gustavo!
- Tchau queridos.
- Eu vou leva-los de volta, e depois venho aqui, diz Luiza.
Na porta está Omero, que admira tudo.
- Olá doutor Omero, bom dia, diz Luiza surpresa ao vê-lo.
- Bom dia, visita animada e colorida essa.
- Pro senhor ver, o quanto eles amam seu filho, deixa eu leva-los e já volto aqui.
Ao voltar no quarto de Gustavo, Luiza se depara com Carlos, e logo imagina que as coisas não estão bem.
- Oi Luiza, diz Carlos.
- Olá Carlos, aconteceu alguma coisa?, pergunta ela.
- Aconteceu, a doença de Gustavo não está mais reagindo ao tratamento.
- Engraçado, agora há pouco um menino me perguntou se eu iria morrer, antes eu nem pensava nisso, mas agora acho que és chegada a minha hora, diz Gustavo desanimado.
- E a medula, até agora nada?, pergunta Luiza
- Nada, está difícil arranjar um doador, relata Omero cabisbaixo.
- Não podemos perder as esperanças, diz Carlos.
- Vamos encontrar alguém, ressalta Luiza.
- Agora é preciso urgência, diz  Omero.
- Só sei que tudo que me der vontade de fazer, eu irei fazer, diz Gustavo.
- Filho você precisa repousar.
- Pai, eu quero viver o quanto eu posso, e ainda me resta.
Omero reluta, mas ele sabe que se não for encontrada uma medula, Gustavo pode vir a falecer.
- Está bem, seja feita a sua vontade, diz Omero.
Ele se retira do quarto, Luiza vai atrás dele e vê que Omero chora, ela dá um abraço nele tentando conforta-lo.
- Não fica assim, tudo vai dar certo, diz Luiza.
- Eu estou perdendo o meu filho Luiza, meu único filho.
- Sei que é difícil mas temos que manter a calma.
- Já perdi minha mulher, agora perderei meu filho, diz ele desesperado.
Com as mãos sobre os ombros dele ela diz.
- Nós não vamos perder ele, confie.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 10

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Ao chegar em casa Luiza conta todo o acontecimento que ela passara naquele dia para a mãe.
- Ele parecia bem, só que a doença avançou mais uma casa.
- Que triste filha.
- Muito triste, o ruim é que eu criei um elo muito forte com ele, se o Gustavo partir não sei como vou reagir.
- Você gosta muito dele né querida?
- Gosto, pareço conhecer ele de outras vidas, não sei explicar o que acontece, junto dele pareço mais feliz e realizada.
- Percebi, ultimamente você tem falado muito dele, não seria isso uma paixão?
- Não mãe, minha relação com ele é só amizade, nada além disso!
- Não sei não, isso está me cheirando a romance dona Luiza.
Luiza beija o rosto da mãe.
- Larga de bobeira dona Laura, agora vou para o quarto preciso descansar.
Na manhã seguinte, depois de matutar ela tem outra ideia, e assim que chega no hospital coloca em prática. Luiza decide juntar algumas crianças para que elas façam uma visita ao tio Gustavo.
- Posso contar com todas vocês?, pergunta ela.
As crianças respondem todas juntas.
- Sim!
Então elas seguem com uma bexiga na mão, em cortejo até o quarto de Gustavo ao todo são dez crianças.
- Crianças eu entro primeiro, e quando eu chamar vocês entram, façam silêncio pois é uma surpresa para o tio Gustavo.
Ela entra no quarto.
- Bom dia Gustavo, diz Luiza.
Ele está de costas para a porta e assim que ouve a voz de Luiza se vira para frente.
- Bom dia.
Luiza nota que ele está mais pálido, mesmo assim ela sorri e diz.
- Tenho uma surpresa para você, entrem por favor.
Todas as crianças entram, Gustavo ao ver aquilo sorri emocionado.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 23 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 9

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

E é isso que Luiza faz, ao chegar em frente a porta ela bate e Omero pede que entre.
- Com licença, diz ela.
- O que a doutora quer aqui?
- Vim falar sobre o Gustavo.
- Aconteceu alguma coisa com ele?
- Não, mais vai acontecer se o senhor ficar agindo dessa maneira com ele.
- Que maneira?
- Se o senhor proibir ele de fazer o bem, de alegrar as crianças e os adultos, ele pode piorar.
- Ele já está pior, me admira a senhorita não saber.
- Como pior?
- O corpo dele já não anda reagindo tão bem ao tratamento, então eu sei o que é melhor para o meu filho doutora Luiza, o que ele precisa agora é de repouso absoluto, até nós acharmos uma medula compatível para o transplante dele.
- Com todo respeito, o senhor não percebe a luz que o Gustavo carrega consigo, a força que ele passa para as outras pessoas.
- Eu sei que o meu filho é especial, por isso zelo por sua saúde, também sei que a senhorita junto com ele arranjaram um meio de entreter os pacientes, só que você vai ter que continuar sozinha.
- Foi vendo ele, que eu tive essa ideia, ele é o núcleo de tudo, eu proponho um trato com o senhor, se o Gustavo se restabelecer ele poderá voltar a ativa?
- Gostei de você, pois quando quer alguma coisa corre atrás, pois bem se ele melhorar, só se ele melhorar sim ele pode voltar a fazer o que faz sempre.
Ela estende a mão para selar o trato, Omero retribui o cumprimento.
- Obrigada senhor, agora voltarei para o meu trabalho, passar bem.
Ao sair da sala Luiza se sente orgulhosa, conseguiu fazer com que Omero relevasse a situação, na condição que Gustavo ficasse bem. Ela volta para o quarto dele e lhe conta tudo, só que ele não fica tão contente como ela.
- Anime-se, logo você ficará bom, nada de perder a fé, diz ela.
- Agora vou ficar preso neste quarto o dia todo, tem horas que me sinto engaiolado a essa doença.
- Não diga uma coisa dessas, sempre que der venho te fazer companhia.
Ele faz cara de carente.
- Vem mesmo?, pergunta ele.
- Venho sim, te considero mais que um paciente, você se tornou meu ajudante e amigo.
Amigo não era bem o que Gustavo queria, pois ele se apaixonará por Luiza, mais ele pensava "bom isso já é um começo", ele sorri.
- Também gosto muito de você, a gente se entende né, diz ele.
- Agora repouse para você ficar melhor, hoje eu vou sair mais cedo, então não voltarei aqui a tarde, amanhã te vejo de novo.
Ela beija a face dele.
- Tchau, diz ela.
- Até doutora.

Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 8

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

No fim todos aplaudem os dois, que agradecem de pé com as mãos dadas, reverenciando os aplausos.
- Falei que tudo iria dar certo, diz Gustavo.
Nesse mesmo instante Gustavo tem uma leve vertigem, que o faz desmaiar, por sorte Luiza consegue segura-lo, ele é levado para o quarto para ser examinado.
- Você deve ter se esforçado muito, precisa repousar Gustavo, diz Carlos.
- Eu vou ficar bem, eu sempre fico, diz ele meio zonzo ainda.
- O melhor á fazer, é não se esforçar durante os próximos dias, relata Luiza.
No quarto entra o pai de Gustavo, homem alto, postura firme, cabelos grisalhos.
- O que houve?, pergunta Omero.
- Eu desmaiei, foi só isso pai, diz Gustavo.
- Só isso?, Gustavo você anda fazendo estripulias de mais, você não pode ficar se expondo tanto.
- Pai eu não estou me expondo.
- Está sim, vive se fantasiando, fazendo show, filho sua condição física não lhe permite fazer tanto, diz Omero com voz firme.
- Pai quantas vezes eu já lhe disse, que gosto de estar com as crianças, elas me deixam feliz.
- Se você não parar por bem, parará por mal, eu vou proibir você de entrar na ala das crianças.
Luiza que está no quarto, intervem a favor de Gustavo.
- Senhor não faça isso, as crianças gostam muito do seu filho, e ele delas, um serve de apoio ao outro, na luta contra o câncer.
Omero lê o nome dela no crachá e diz.
- Doutora Luiza, eu sei bem o que é  melhor para o meu filho.
- Pai para com essa discussão, por favor!
- Eu já disse, ou você para por bem ou por mal, grita Omero.
- O senhor não pode fazer isso comigo, diz Gustavo.
- Posso pois sou o diretor desse hospital.
- Omero ele precisa descansar, deixe essa conversa para depois, diz Carlos.
- Está bem, depois conversaremos, passar bem meu filho.
Omero sai e Carlos vai junto com ele para esclarecer o que houve, no quarto permanece Luiza.
- Meu pai ás vezes passa dos limites, peço desculpas a você Luiza.
- Não se preocupe, ele quer o seu bem, por isso faz isso.
Gustavo começa a chorar.
- Eu não quero me afastar das crianças e da música, elas são como calmantes para o meu corpo e alma, diz ele com voz embargada.
Luiza segura uma das mãos dele.
- Se depender de mim, você não vai se afastar de nada, diz ela.
Ela passa a mão no rosto de Gustavo e o conforta, assim que ele dorme Luiza sai do quarto e procura Carlos.
- Carlos quero falar com você, diz ela.
- Diga.
- Em que andar fica a sala do Omero?
- Fica no décimo, por que?
- Preciso ter uma conversa com ele, diz ela com voz firme.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 7

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Ai acho melhor não, diz Luiza.
Gustavo pega nas mãos dela.
- Por favor Luiza.
Ela se rende.
- Ta bom, essa vai ser a maior loucura da minha vida.
Ele abraça ela, nisso Carlos chega próximo dos dois.
- Temos um super-herói aqui, e ninguém me fala, diz ele.
Gustavo engrossa a voz.
- Olá passei por aqui para dar um oi as crianças, e um abraço nessa nobre jovem.
- Eu sou seu fã, diz Carlos.
- Muitos são, estou sempre na luta pelo bem, diz Gustavo.
- Agora está na hora do senhor ir descansar, pois o seu dia foi muito puxado, diz Luiza.
- A senhorita tem razão, devo partir, pois o dever me chama.
- Até outro dia Batman, diz Carlos.
- Até senhor, adeus senhorita.
- Adeus Batman.
- Já ia me esquecendo, você tem coleta de sangue Batman ainda hoje, diz Carlos.
Gustavo desengrossa a voz.
- Ai o senhor me derrota, diz ele.
Todos riem, Gustavo se dirige para o seu leito. No dia seguinte, conforme o combinado lá estava Luiza se preparando para cantar.
- Eu não sei aonde eu estava com a cabeça, quando aceitei participar disso.
- Sua cabeça estava em mim, cara senhorita, diz Gustavo sorrindo.
- Eu vou assustar as pessoas isso sim, quero ajuda-las e não apavora-las.
- Relaxa, eu sei o que eu to fazendo.
- Você sabe, que bom já eu não, diz ela um pouco aflita.
- Vão ser três músicas, e elas não são difíceis, acho que todos a conhecem.
- Esse seu acho não me animou, me diga quais são as músicas?
- Enquanto houver sol do Titãs, tempo perdido do Legião Urbana e *um dia após o outro de Tiago Iorc.
- Eu não conheço a última canção que você citou, as outras conheço bem, mais ainda continuo achando que estou fazendo uma grande besteira.
- Não está, me acompanha e tudo vai ficar bem, eu imprimir as letras para ficar mais fácil para nós.
Ele pega o violão e os dois ensaiam, o tempo passa e eis que chega a hora da apresentação, na sala começa a chegar pacientes, enfermeiras, e os doutores Carlos e Rubens.
Gustavo é quem abre a cerimônia.
- Boa tarde, sejam todos bem vindos, espero que apreciem nossa modéstia apresentação.
Todos batem palmas.
- Hoje irei duetar com a nossa querida doutora Luiza.
Ele ajusta os microfones, e senta ao lado de Luiza pega o violão e coloca no colo, todos ficam em silêncio para o inicio do acústico, Gustavo balança a cabeça para Luiza e fala baixo a ela.
- Podemos começar?
Ela afirma balançando a cabeça, mas segue pensando "seja o que Deus quiser". Eis que a apresentação começa, a voz de Gustavo junto com a da Luiza forma uma sonoridade agradável.

*Música citada na fala de Gustavo, Um dia após o outro de Tiago Iorc

Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 16 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 6

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Passam-se uma semana e tudo se concretiza, e Rubens parabeniza Luiza.
- Os pacientes tem apresentado grandes melhoras, diz ele.
- Isso é ótimo, eu consegui para hoje uma apresentação do coral Lira.
- Que bom, Luiza você é uma grande médica.
- Magina, só quero poder alegrar a todos, isso ajuda até no meu trabalho e no das enfermeiras, música acalma e energiza a alma.
- Confesso que me apaixonei pela musicoterapia, penso em até contratar pessoas desse ramo.
- Faça isso doutor Rubens, será ótimo para todos.
Gustavo se aproxima dos dois.
- Posso roubar essa doutora?, pergunta ele.
- Pode sim meu caro, diz Rubens.
- Vamos a ala das crianças, hoje tem surpresa das grandes para ela, diz Gustavo.
Os dois se despedem de Rubens, e vão para a ala das crianças.
- Luiza fica aqui com as crianças na brinquedoteca, que eu vou ali e já volto, diz Gustavo.
- Tudo bem.
Depois de uns dez minutos, no corredor começa a tocar a música do Batman, a princípio Luiza estranha, e de repente o próprio entra na brinquedoteca, as crianças ficam eufóricas.
- Olá crianças tudo bem?, diz ele
Elas respondem todas juntas.
- Tudo!
- Olá linda moça, diz ele a Luiza.
- Oi Batman, o que devemos a sua agradável visita?, pergunta Luiza.
- Um amigo meu pediu para que eu viesse aqui, visitar estes pequenos e pequenas.
- Quem é o seu amigo Batman?, pergunta um menino.
- Todos você conhecem ele, é o tio Gustavo.
Luiza percebe que é o próprio Gustavo fantasiado de Batman, e se encanta outra vez com a destreza do moço.
- Sabe o que eu trago para vocês hoje?, diz ele.
- Não sei, diz uma menina.
- Será que ele trouxe presentes?, relata um menino.
Gustavo sai e volta com um saco preto cheio de pacotes contendo balas de goma e gibis, ele distribui para todos, até para algumas mães que estavam a companhar seus filhos, ele brinca com as crianças, tira fotos e depois de um certo tempo se despede e sai junto com Luiza. De volta a ala dos adultos os dois conversam.
- O Batman precisa voltar para o seu batquarto, diz ele.
Luiza ri.
- Só você mesmo Gustavo, você e suas ideias, diz ela.
- Ideias do bem, eu estava pensando aqui, bem que você poderia ser a mulher gato né.
- Não, estou bem assim de doutora sabe.
Os dois riem.
- Você gosta muito de crianças né?, pergunta ela.
- Adoro, vou contar meu segredo a você, se eu não estivesse doente estaria fazendo minha residência em pediatria.
- Você é médico e nem me conta, então somos colegas de trabalho.
- Sim somos.
- Mas o seu tratamento vai dar certo, vamos encontrar uma medula, e logo logo estaremos trabalhando aqui juntos.
- Assim espero, deixa eu te falar amanhã farei um acústico na sala cedida pelo doutor Rubens, e quero que você cante comigo.
- Eu cantar?, não é uma boa ideia.
- Você só vai me acompanhar, por favor aceite o pedido desse pobre Batman, diz ele fazendo cara de carente.
Ela dá um leve tapa no braço dele.
- Ah fala sério, eu nem sei cantar.
- Mas você encanta muito, com sua beleza e doçura.
Os dois se entrem olham.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 5

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

No dia seguinte já no hospital pela manhã Luiza visita Gustavo.
- Bom dia, como se sente hoje?
- Me sinto bem, mais a noite eu tive febre, sei que isso não bom.
Ela coloca a mão na testa dele.
- Hoje parece que você não está febril, já passaram e mediram a sua temperatura?
- Sim, ela está 36,4°C.
- Ainda bem.
- Hoje irei na ala das crianças para contar história, você quer ir comigo?
- Eu irei sim, e vou logo avisando adoro histórias.
Ele ri.
- Ontem em casa eu estava pensando numas coisas, diz ela.
- Que coisas?, pergunta ele interessado.
- Vou falar com o Carlos, e com o médico diretor dessa área e se tudo der certo, volto aqui e te conto tudo.
- Já estou ansioso para saber o que é.
Ela pisca para ele e sai, na sala do diretor ela se reúne com Carlos a fim de contar seus planos.
- Bom dia doutor Rubens, diz Luiza.
- Bom dia, o que te traz aqui hoje Luiza?, pergunta Rubens.
- Eu tenho alguns planos e queria pedir a permissão do senhor para realiza-los.
Ele a olha sério e fica ansioso para saber que planos ela tinha em mente.
- Então diga-os Luiza.
- Ontem quando eu fui para casa, matutei e matutei, em como melhorar a estadia dos pacientes e como eu havia visto o ato nobre do Gustavo, me inspirei nele.
- O Gustavo é um ser iluminado, ele alegra as crianças, diz Rubens.
- Com base nisso, quero implantar a música aqui na ala adulto também, eu li em uma revista que a musica serve de terapia e ajuda a pessoa, a ter mais força de vontade na luta contra o câncer.
- Sua ideia me parece boa, e como a senhorita pretende por ela em prática?, pergunta Rubens.
- Por isso que eu chamei o Carlos aqui, eu pretendo pegar uma hora do meu expediente, mais ou menos lá paras três da tarde para bolar esse projeto, e depois eu fico uma a hora, a mais para eu poder cumprir o meu horário, tudo bem Carlos?
- Por mim tudo bem, diz Carlos.
- Então eu tenho o seu consentimento doutor Rubens?
- Sim, a senhorita tem.
Ela sorri contente.
- Tem uma sala que não está em uso, se você quiser usa-la, ela não é muito grande mais arrumando da para utiliza-la, diz Rubens.
- A principio eu gostaria de ir em quarto e quarto, pois há pacientes que não podem sair de seus leitos.
- É você tem razão, uns até se locomovem usando cadeira de rodas, já outros não, faça o que achar melhor, diz Rubens.
Satisfeita ela conta seus planos a Gustavo, ele acha a ideia dela ótima e decide participar dela também. 


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 4

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Ela se depara com o Gustavo tocando violão e cantando para as crianças na brinquedoteca, Luiza para na porta e fica admirada com a ação do moço, no término da cantiga ela bate palmas.
- Que lindo, comenta Luiza.
Gustavo á apresenta para a galerinha.
- Gente essa é a tia Luiza, ela veio para cuidar da gente, digam oi para ela crianças, diz Gustavo.
As crianças dão oi em forma de coro, Luiza se encanta e abraça cada uma.
- Essa roda de cantiga é muito boa!, afirma ela.
Todos voltam a cantar, Gustavo anima aquelas crianças que mesmo estando na flor da idade já enfrentam uma forte barra tento que lutar contra o Ca. Ao sair da ala Luiza parabeniza o ato nobre de Gustavo.
- O que você faz é lindo, mesmo tendo os seu problemas você ainda alegra os pequenos, Gustavo você é um ser incrível.
- É, peguei um pouco do que eu sabia sobre crianças, e decidi juntar a minha careca com as carequinhas delas, eles com seus sorrisos sinceros me ajudam a sorrir.
- As crianças são especiais, apesar de tudo estão sempre a sorrir. Nossa já está na minha hora, deixa eu ir indo, diz ela olhando o relógio.
Ela braça Gustavo e se despede.
- Tchau, você consegue ir para o quarto sozinho?
- Consigo sim, até amanhã.
- Até.
Ao chegar em casa, ela toma um banho e senta à mesa para jantar.
- Como foi o seu primeiro dia?, pergunta Laura.
- Foi ótimo, fui bem recebida por todos, meu professor é um amor de pessoa, mais o que mais me tocou e me surpreendeu foi o meu paciente.
- Por quê?, pergunta Roberto.
- Contudo que ele passa, ainda arruma um jeito de ajudar as outras pessoas, gente ele com Ca canta para a ala infanto-juvenil que possui a doença também.
- Ele é um exemplo de bondade e superação, diz Roberto.
- Ele é incrível, se todos fossem igual ao Gustavo, a doença não tomava de conta, o Ca se fortalece com a tristeza, eu sei que é dose possui-lo mais é preciso ser forte e nunca perder a fé.
- Sabemos muito bem disso, o que passamos com o Igor não foi fácil, diz Laura.
- É por ele que eu darei o meu melhor, e abraçarei bem forte a causa da luta contra o câncer.
- Agora a senhorita deve comer bem, para ir a luta forte, dona moça, diz Roberto.
Todos riem.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 9 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 3

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Chegamos, leito vinte e dois.
Os dois entram e encontram Gustavo sentado na poltrona.
- Olá moço, tudo bem?, pergunta Carlos.
- Tudo, responde ele.
- Continua firme e forte?
- Tenho que continuar.
- Luiza esse é Gustavo, ele tem vinte e cinco anos, descobriu que possuía a leucemia á um ano mais ou menos, ele tem respondido bem aos tratamentos e aguarda um possível transplante de medula.
- Quem é ela?, pergunta Gustavo.
- É nossa nova colega de trabalho, doutora Luiza, diz Carlos.
Ela chega perto de Gustavo e o cumprimenta com um aperto de mão, ele retribui.
- Olá Gustavo, sou a nova residente em onco, eu vou acompanhar o seu caso.
Gustavo se encanta com a simplicidade e doçura de Luiza.
- Seja bem vinda, diz ele.
- Ele é todo seu, qualquer coisa estarei na minha sala.
Carlos se retira do quarto.
- Bom você vai me fazer perguntas certo?, diz Gustavo.
- Sim, preciso para colocar no meu relatório, posso começar?
- Sim, mas sente-se aqui eu vou ficar na cama, diz ele se levantando da poltrona.
- Não se incomode, pode ficar ai em seu lugar mesmo, eu fico de pé.
Ele se senta novamente.
- Como você descobriu que possuía leucemia?, pergunta ela.
- Em uma consulta rotineira de ano, fiz os exames como o meu médico sempre pedia e lá estava constatada a doença.
- Você não apresentava nenhum sinal ou sintoma da doença?
- A princípio nenhum, eu não sentia nada, eu até me assustei com o diagnóstico.
- Nossa, mas sua leucemia não está tão avançada?
- Ela está um pouco, o Carlos diz que reajo bem ao tratamento, só que ele quer que eu faça um transplante de medula.
Luiza estava a anotar tudo que Gustavo lhe dizia.
- O transplante vai te deixar cem porcento recuperado, em certos casos é o melhor a se fazer, diz ela.
- O ruim é achar alguém compatível comigo, tem certas horas que eu desisto de pensar que possa haver alguém compatível.
Luiza pega na mão dele.
- Acredite e tenha fé que você vai conseguir, bom eu vou deixar você descansar agora, chega de interrogatório por hoje, qualquer coisa me chame ok. 
- Pode deixar, qualquer coisa eu grito, diz ele sorrindo.
Luiza sai e caminha pelo corredor, passam-se algumas horas e ela decidi ir na ala infanto-juvenil, chegando lá tem uma grande surpresa.



Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Tenha Fé Parte 2

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Ao lado direito situa-se os adultos, e a esquerda é a ala infanto-juvenil, você poderá atuar nos dois lados se assim desejar.
- Que bom, quero estar a par de tudo.
- Agora vamos conhecer o médico diretor da onco.
Eles se dirigem para a sala da gerência, Carlos bate na porta e os dois entram e se sentam.
- Olá Rubens, vim trazer a nossa futura doutora para você conhecer.
- Olá, você é a Luiza correto?, pergunta Rubens.
- Sim senhor.
- Seja bem vinda ao Hospital Luiz Zaninni, diz ele estendendo a mão em gesto de cumprimento para ela.
- Obrigada, diz ela retribuindo o cumprimento.
- Se tudo ocorrer bem, e eu sei que vai quem sabe você não entra para o nosso time.
- Assim espero, diz Luiza contente.
- Agora mãos a obra, o Carlos é um ótimo professor, procure absorver tudo que ele te disser.
- Pode deixar!
- Vamos indo tem trabalho para a senhorita, diz Carlos.
Os dois se despedem de Rubens e saem da sala.
- Eu já separei um paciente para você acompanhar o caso, e a sua possível evolução.
- Ótimo, posso te fazer uma pergunta?
- Sim, quantas você quiser.
- Há quanto tempo o senhor está atuando nessa área?
- Vão fazer trinta e seis anos de dedicação na luta contra o Ca.
- Nossa, muito legal, diz ela admirada.
- Eu me esqueci de te fazer a pergunta clichê, por que você escolheu se especializar em onco?
- Por causa do meu irmão, ele faleceu aos doze anos com câncer no fígado, então resolvi abraçar a causa e cuidar das pessoas que passam pelo sufoco de  possuir Ca.
- Muito linda a sua atitude, linda e nobre, você vai ser uma boa médica.
- Obrigada, vou me esforçar muito para ser.
Eles chegam a enfermaria.
- Olá doutor Carlos, diz a enfermeira.
- Olá querida, por favor pegue para mim o prontuário do paciente Gustavo Meyer Prado, leito vinte e dois.
A enfermeira vai até o arquivo pega o prontuário e entrega para Carlos.
- Obrigado, essa é Luiza nossa nova colega.
- Seja bem vinda, diz a enfermeira.
- Obrigada.
- Aqui somos todos parceiros, não é Marta?, pergunta Carlos
- Sim temos que ser, diz a enfermeira.
- Vamos conhecer seu paciente, até mais Marta.
Eles caminham pelo grande corredor, Luiza olha e observa tudo, pessoas sem cabelo outras com, umas apesar de tudo alegres e outras não tanto, esse seria o seu novo mundo pensava ela.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

Tenha Fé Parte 1

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Manhã de segunda-feira, dia muito especial para Luiza, ela iria começar a sua residência em oncologia, seu sonho se torna realidade, depois que viu seu irmão Igor partir aos doze anos de idade portando câncer no fígado, o que mais Luiza queria era poder ajudar outras pessoas que possuem essa triste e grave doença.
- Bom dia mãe, diz ela animada.
- Hoje é o grande dia, comenta Laura sua mãe.
- E como, quase não dormi a noite, depois de um ano na luta para conseguir minha especialização, é uma alegria e tanto.
- Você é o nosso orgulho filha, agora tome o seu café.
- Mãe cadê o papai?
- Ele saiu, acho que foi comprar jornal.
Roberto chega com um buquê de rosas amarelas para a filha.
- Essas flores são para a mais nova médica oncologista.
Ele entrega o buquê para ela, Luiza o pega sorrindo.
- Obrigada pai, meu dia já começou bom, gente preciso ir não quero me atrasar.
Ela beija os pais, pega sua bolsa e sai rumo ao Hospital Doutor Luiz Zaninni. Chegando lá encontra o doutor Carlos, o qual será seu professor.
- Bom dia Luiza, diz ele.
- Bom dia doutor Carlos.
- Me chame só de Carlos.
- Ok.
- Eu serei seu professor durante a sua jornada, na especialidade de oncologia, está preparada para começar?
- Sim estou, eu esperei por isso à um ano.
- Que bom, adorei o seu entusiasmo, agora vou te mostrar a sua ala de atuação.
Eles pegam o elevador e sobem para o nono andar.
- Essa é a área de oncologia do Hospital Luiz Zaninni, bem vinda a seu lugar de atuação.
- É grande aqui, diz ela encantada com o lugar.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

Recadinho

Pessoal, venho dar uma pequena introdução da última história do ano que postarei no blog.
Nela você encontrará, casos de realização, humildade e superação. Garanto que você vai se emocionar.
Então não deixe de acompanha-la, logo mais postarei a primeira parte de "Tenha fé"


Lar De Deus Parte 2

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Essa casa é um vazio sem o papai.
- Filho entenda uma coisa, seu pai precisou fazer a passagem dele, e está doendo em mim também, agora temos que ter fé, para confortar a alma de seu pai e nos confortar.
- A fé não salvou meu pai, ela é uma bosta.
Regiane dá um tapa na cara dele.
- Nunca mais repita isso.
- Eu preferia que você tivesse morrido ao invés do meu pai, você é grossa e não me entende.
- Me respeite pois sou sua mãe.
Ele corre para o quarto e bate a porta, Regiane fica ali a chorar.
- Deus me ajuda, pareço não aguentar essa dor e meu filho renega ao Senhor.
Eis que vem uma pensamento em sua mente. “Não te afliges mulher, confia em mim”. Ela pensa estar ficando louca, então decide ir no quarto, Regiane pega a bíblia e lê o salmo 23. Ela se sente mais calma, quando Roberto entra correndo e gritando no quarto dela.
- Mãe, o pai veio falar comigo.
- Como assim meu filho, calma.
Ele abraça ela.
- Me perdoe mãe, eu fui grosseiro com a senhora.
- Roberto não te entendo, amor você não está bem.
- Eu digo a verdade, mãe ele brigou comigo por que briguei com você.
Ela sente uma leve brisa no quarto, é a presença do marido, quando vem a sua mente outro pensamento. "Amor eu estou bem, cuide de Roberto”, ela chora.
- Filho eu acredito em você.
Os dois ficam ali no quarto abraçados por algumas horas. Essa história nos ensina que quando perdemos um ente querido é difícil superar a dor, mais um dia todos nós iremos nos reencontrar no lar de Deus.


Autora: Ana Paula Catarino
(Fim)

Lar De Deus Parte 1

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Na janela da sala, Roberto olhava a chuva que caia, o céu estava cinza e fazia frio. Ele não conseguia parar de pensar na morte do seu pai, sua mãe chega e senta perto dele.
- Filho você não comeu nada, desde ontem.
- To sem fome mãe.
Ela abraça ele.
- Amor você não pode ficar assim, sei que é difícil viver sem o Mario, mas filho você tem que comer para o seu bem.
- Eu não consigo acreditar, como o papai foi morrer assim de uma hora para outra, mãe ele estava tão bem.
- Filho todos nós iremos partir um dia, sei que é complicado aceitar e eu também custo a aceitar, mais Deus quis assim, vamos respeitar a vontade dele.
- Deus?
- Sim meu amor.
- Esse Deus é mesmo ruim, como ele tira o papai da gente assim, eu não acredito mais nele.
- Roberto não diga isso filho.
- Mãe o que vai ser da gente sem o papai?
- Vai ser o que sempre foi, eu trabalho, você trabalha, vamos ter que cortar alguns custos, mais iremos ficar bem.
- Bem, eu nunca mais vou ficar bem, perdi meu melhor amigo meu pai.
- Amor, você tem a mim.
- Essa vida é uma droga, ele chora.
- Calma amor, diz ela tentando acalantar o filho.
Ela aperta ele em seus braços.
- Filho a gente tem que ser forte, temos que ficar juntos para tentar superar a dor.
- Eu quero meu pai de volta, eu não sou nada sem ele.
- Ele foi para um lugar melhor.
- O melhor era ele ter ficado aqui com a gente, e quem garante que ele está bem?
- Deus.
- Mãe, Deus é ruim.
- Não é não.
- Eu não vou brigar com a senhora por causa disso.
Ela começa a chorar.

Autora: Ana Paula Catrino
(Continua...)

Deus Não É Speedy Parte 2

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Eu acredito muito em Deus, rezo todo dia peço a ele saúde pois o resto corro atrás. Quero dizer que esse é o meu ponto de vista, não estou julgando ninguém e nenhuma religião. Cada um possui o direito de pensar e agir como quiser, Deus nos deu o livre arbítrio somos livres, vocês concordam?
Um homem se levanta e diz.
- Eu não concordo.
- Por que não meu caro?
- Acho tudo isso uma baboseira.
- Tudo isso o que?
- Tudo!
- Especifique-se ?
- Tudo que você falou.
- Mais em que ponto você não concorda?
- Em tudo, esse Deus não me dá nada.
As pessoas ficam chocadas com o que o homem fala.
- Meu caro ele te deu a vida, a terra, o alimento, o ar que você respira.
- Deu nada, e não tem quem faça eu concordar com você.
- Me diga, em algum momento eu te obriguei a isso, acabei de citar que é o meu ponto de vista, cada um pensa de uma forma.
O homem se cala.
- Quero que vocês batam palmas para o ...Qual é o seu nome meu caro?
- É Carlos.
- Palmas para o Carlos.
E todos batem palmas, menos uma mulher que indignada levanta e diz.
- Por que palmas, ele não merece pois é um ateu, não crê em Deus.
O palestrante se vira para ela e diz.
- Cara senhora, as palmas são pela opinião dele.
- Não foi uma boa opinião, o senhor há de concordar comigo?
- É a opinião dele e eu o respeito, afinal ele me respeitou, me ouviu desde então.
- O senhor é um homem muito bom, por que se fosse eu não sei o que iria dizer a ele.
Ele ri.
- Minha cara, tenho defeitos como qualquer um, porém recebi educação da minha mãe, ela me ensinou que a gente dever respeitar os outros, o mesmo direito que eu tenho de falar a outra pessoa também o tem. Qual é o seu nome?
- Maria Aparecida.
- Palmas para ela.
Todos as aplaudem e ela se senta.
- Gosto de palestras assim, ondem cada um fala o seu ponto de vista sobre o assunto argumentado, como vocês puderam ver cada um pensa de um jeito, não há como mudar isso, cabe a cada um respeitar o seu próximo. Tivemos um ótimo exemplo e que isso sirva de lição. Com isso dou por encerrada a nossa palestra.
Todas as pessoas o aplaudem. Ele se curva reverenciando as palmas.
- Obrigado, fico feliz , desejos a todos um ótimo dia e lembre-se vamos respeitar as diferenças.

Autora: Ana Paula Catarino
(Fim)

Deus Não É Speedy Parte 1

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Em uma palestra um homem argumentava.
- Olá amigos e amigas, hoje venho falar para vocês sobre alguém muito importante, há quem não acredite nele e tem muitos que seguem os seus preceitos. Vocês já sabem de quem irei falar?
Todos respondem.
- Deus !
- Correto, Deus esse ser supremo que não possui etnia, forma ou idioma. Ele que nos olha lá de cima, e está a nossa volta em tudo que possui amor verdadeiro. Correto?
E todos voltam a responder.
- Sim!
- Eu frequentei todo tipo de religião, dá católica a evangélica, respeito todas, e nelas pude perceber pessoas crentes no mesmo Deus, e reparei que há humanos tão necessitados que clamam por ele com fé, mais o que me chamou a atenção foi ver algumas pessoas que pedem bençãos para ontem, e se não são atendidas elas se sente rejeitadas por Deus, não condeno nenhuma delas.
As pessoas que assistiam a palestra deram risadas, o palestrante disse-lhes sério.
- Gente é um caso sério, as pessoas querem as coisas a jato, tipo the flash, Deus é bom mais não é speedy, ele tem o momento certo de agir, e se for do seu merecimento a graça chegará até você.
Ficou um silêncio na sala.
- Todos nós precisamos de algo, quem dizer que não está mentindo, no meu caso preciso de dinheiro para pagar minhas contas (ele ri), mais não fico perturbando Deus afinal quem fez os gastos fui eu e não ele.
As pessoas riem.
- Há pessoas que custam a entender isso, elas pensam que há um disque Deus, discou, falou, cobrou e aconteceu. Irmãos vamos a Deus por amor, para buscar a paz e a harmonia, não por bem materiais, pois aqui é uma passagem.
As pessoas o observam.
- Se passamos por momentos ruins tem um motivo, é nos erros que sempre aprendemos, imagina se Deus atendesse a todos os pedidos que lhe são feitos o mundo seria um caos.
As pessoas afirmam balançando a cabeça.

Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

A hora certa para as coisas acontecerem Parte 3

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Ele a abraça e os dois choram, Rosa então acorda. Ela se levanta lava o rosto com o pouco de água que esta barrenta e segue para cozinha, chegando lá a menina vê sua mãe triste.
- O que foi mãe?
- A água esta acabando, seu pai foi até a cidade para ver se consegue mais.
- Não fique aflita, Deus vai colocar tudo no lugar, mãe tive um sonho bom, eu estive próximo do céu.
- Como assim Rosa?
- Conversei com um anjo de Deus, o lugar era lindo, sinto que algo de bom irá acontecer.
- Larga de loucura sua doida, diz Carla.
- Não fale assim com sua irmã.
- Mãe ela é doida, vive falando de Deus, acorda (ela da um tapa nas costas da irmã) olha a sua volta seu Senhor esqueceu da gente.
- Ele não esquece de ninguém, na hora certa ela vai agir, triste de quem não crê nele.
Carla ri.
- Sua irmã está certa, Deus vai nos ajudar.
- Mãe até a senhora com isso de fé, esse blá blá blá não enche barriga, nem mata sede.
Daqui a pouco ouve se um grito, é João o pai das meninas.
- Venham ver!
O que será, elas saem para fora, quando olham os céus estão ficando escuro, as nuvens parecem fumaça, começa a gotejar de leve e em questão de segundo está chovendo.
- É um milagre, diz Lindaura.
João tira o chapéu e ergue as mãos.
- Obrigada Senhor, agradece ele.
A chuva é esperada por meses, aquilo era uma alegria numa terra seca e quase sem vida.
- Eu sabia que Deus não ia nos abandonar, diz Rosa.
Carla fica pasma e por incrível que pareça ela chora e suas lagrimas se juntam a chuva. Rosa abraça a irmã, aquele dia todo a chuva renovou muitas almas que ali habitavam até o gado fraco agradeceu. Deus sabe o que faz e quando é a hora certa para as coisas acontecerem.


Autora: Ana Paula Catarino
(Fim)