sábado, 6 de dezembro de 2014

Tudo Por Amor (Parte 13)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Calma Laurinha - diz Lúcio, tentando confortar a menina.
- A mamãe nunca gritou comigo tio Lúcio.
- Sua mãe está cansada meu amor - diz Isabella.
- Cansada de mim vovó?
- Não minha querida! - Isabella suspira. - Lúcio leve a Laura para o carro! Vou atrás da Claudia.
Chegando no banheiro público, ela vê a filha chorando.
- Claudia, não precisava daquilo tudo filha! A Laura está chorando.
- Mãe, eu não sou mais a mesma, sou um monstro. A qualquer momento eu posso ferir a quem eu amo!
- Para com isso filha, você não vai ferir ninguém! Claudia pelo amor de Deus, firma essa cabeça, não por mim, nem pelo seu irmão, mais sim pela sua filha! Ela precisa da mãe perto dela, finja ao menos Claudia estar bem.
- Não to conseguindo mãe! Eu sinto muito mais eu não consigo.
Isabella abraça a filha.
- Então eu sinto muito Claudia, eu não sei o que vai ser da gente. Vamos embora, nosso passeio acabou.
Na volta para casa, ninguém diz sequer uma palavra. Laura está com a cabeça no colo da vó, olhando para mãe ainda assustada, Lúcio dirige atentamente, mais sua cabeça fervilha de pensamentos. Claudia com os olhos marejados, se culpa por tudo. Em casa, Laura corre para o quarto e Isabella vai atrás dela.
- Tenha a decência de ir conversar com sua filha Claudia, ela ainda está muito assustada - relata Lúcio.
- A mamãe vai cuidar dela, melhor do que eu.
- A mamãe?! Claudia você que é a mãe dela. O que está acontecendo com você minha irmã?
- Estou com AIDS Lúcio, isso já não basta?
- Claudia consequência sua, você não precisava disso e você sabe bem. Mas agora é bola pra frente.
- Bola pra frente? - diz ela sarcasticamente.
- É!
- Por que não é você que a qualquer momento pode ferir quem ama! É tão fácil dizer bola pra frente, né meu irmão certinho?
- Eu não vou discutir com você Claudia, com licença.
Lúcio se retira, Claudia senta no sofá.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Tudo Por Amor (Parte 12)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Claudia começa o tratamento, no início tudo parece difícil, mas com o tempo ela se acostuma. Lúcio agora mora junto com elas, ele é quem cuida das despesas da casa e da Laurinha. 
Num domingo ensolarado, a família se reúne para um pique nique no parque dos Laranjais, o qual fica próximo da residência deles. Claudia sentada na grama, vê sua filha correndo sorridente com os bracinhos abertos, imitando um passarinho, isso enche seu coração de agrado.
- Mamãe vem correr comigo - diz Laura.
- A mamãe está um pouco indisposta querida!
- Deixa que eu o tio corre com você - diz Lúcio se levantando e indo até a pequena.
- Meu medo é não poder ver minha filha crescer mãe! - relata Claudia desanimada.
- Filha, combinamos de ser fortes, lute pela sua filha. E pare de pensar que você vai morrer!
- Eu poderia ser feliz, mas me vejo num barco que navega pela tristeza. O bom é que eu não passei a doença para vocês! Sou um corpo sujo mãe, e nada pode mudar isso.
- Claudia, vamos mudar a proza, o dia está lindo, o sol brilha, vamos contemplar essa alegria que a natureza nos passa.
- Não aguento ver o Lúcio bancando tudo, com a AIDS agora que eu não arranjo emprego! Não é justo.
- Não é justo, você ficar ai atolada em problemas, os quais estamos conseguindo resolver graças a Deus, e estragar o nosso pique nique - ressalta Isabella.
Claudia se levanta.
- Desculpa mãe, eu só tenho pensado em mim ultimamente! Vou ver os patos do lago.
- Isso vá se distrair, viva Claudia, viva!
- Laura, vamos ver os patos com a mamãe? - pergunta ela a menina.
- Quero não mamãe, brincar com o tio Lúcio está tão legal.
- Bom então vou eu sozinha.
Ao se virar para caminhar, Claudia pisa em falso e cai. Bate o braço numa pedra e se corta. Isabella acode a filha.
- Claudia...
- Não encosta em mim mãe! - grita ela.
Lúcio e Laura vem ao encontro delas.
- O que houve?
- Mamãe! - se assusta a menina.
- Lúcio tira a Laura daqui, eu me cortei - grita Claudia.
Ele pega a menina no colo, Laura começa a chorar.
- Não precisa ser grossa com a gente, só queremos te ajudar.
- Eu me cortei, ninguém põe a mão em mim, pode ser letal o contato do meu sangue com vocês! - diz Claudia se levantando, ela caminha para o banheiro público. Lá ela lava o corte e chora.
- Droga! droga! - diz ela a si mesma.



Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Tudo Por Amor (Parte 11)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Nisso entra na cozinha Laura, que estranha ver a mãe chorando.
- Mamãe por que a senhora está chorando?
- É nada não filha, eu só to com um pouco de dor de cabeça.
- Laurinha querida, vá brincar no seu quarto, vai - objeta Isabella.
- Vai amor.
A garotinha beija a face de Claudia.
- Não chora mamãe, tudo vai ficar bem!
Parecia que a doce menina mesmo sem saber, adivinhava o sofrimento da mãe. Laura vai para o seu quarto.
- Tome esse chá, isso vai te acalmar.
- Eu não vou ver a Laura crescer mãe - diz Claudia pegando a xícara.
- Não diga uma besteira dessa Claudia, você vai criar a sua filha sim!
- Vocês não precisam se preocupar com as despesas da casa, irei bancar tudo, e estou pensando em voltar a morar aqui - relata Lúcio.
- Isso irá tranquilizar a gente meu filho.
- Não é justo com ele mãe.
- Toda ajuda é bem vinda nesse momento Claudia, e se for preciso cortaremos ao máximo os nossos gastos.
- Mãe, estou ganhando bem, manterei a casa numa boa. Claudia não se preocupe pois vou assumir os gastos da Laurinha também.
- Nem sei como te agradecer meu irmão.
Ele abraça ela.
- Agora você vai começar a se tratar, pois isso é o mais importante!
- Vou enfrentar uma guerra.
- Você não está sozinha nela filha.



Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Tudo Por Amor (Parte 10)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Lúcio que ficará em casa para cuidar de Laura, nota a tristeza que ronda sua mãe e irmã.
- Então, como foi lá? - pergunta ele.
- Vamos para a cozinha eu te conto tudo - Isabella se dirige para a cozinha e prepara um chá.
- Pela cara de vocês duas não foi nada bem a consulta?!
- Não foi mesmo meu filho, sua irmã está com AIDS.
- Mãe e agora? - ele fica pasmo.
- Agora ela vai ter que seguir o tratamento a risca, essa notícia acabou com ela e comigo.
- Claudia não precisava estar passando por isso mãe.
- Não é hora de julgar as atitudes da sua irmã, saiba que uma mãe faz de tudo para alimentar o seu filho.
- Mas mãe, ela podia ter me pedido ajuda!
- Sua irmã puxou o seu pai, gênio forte, dura na queda, faz de um tudo pela família.
Claudia entra na cozinha.
- Estou fazendo um chá para nós - relata Isabella.
- Mamãe já te contou?
- Já.
Ele abraça ela.
- Força mana, força pela Laurinha!
Claudia se põe a chorar.
- Esse é o preço do meu trabalho sujo - diz ela com voz embargada.
- Temos que manter a calma.
- A mamãe e a Laura terão que fazer exames também, eu não vou me perdoar se algo de ruim acontecer com elas Lúcio.
- Nada irá acontecer com a gente filha.
- Mãe eu estou contaminada, e se eu passei essa doença a vocês?
- Caso isso ocorra, faremos o tratamento. Querida não pense negativo, isso só fará mal a você.
- Mãe eu mesma me fiz mal!


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Tudo Por Amor (Parte 9)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Passados vinte dias, Claudia e Isabella vão ansiosas para o consultório da doutora Simone, a fim de saber o resultado dos exames.
- E então doutora, como estou? - pergunta Claudia.
- Não tenho notícias boas Claudia, sinto muito.
- O que tem minha filha doutora? - pergunta Isabella já aflita.
- O exame sorológico para HIV deu positivo, tudo indica que Claudia está com AIDS. Vou mandar repetir o hemograma para ter certeza.
- Não pode ser? Diga que não é verdade? - Claudia se desespera.
- Meu Deus!
- Eu tenho uma filha para criar ainda. 
- Tente manter a calma Claudia, a medicina está muito avançada e o tratamento para AIDS está melhor - tenta conforta-la a médica.
- Mãe o que vai ser de mim?
Isabella segura sua mão.
- Calma querida, como a médica diz hoje está tudo avançado.
- Doutora eu vou morrer?
- Não Claudia, uma pessoa soro positivo seguindo o tratamento corretamente, tem uma vida normal. Vou aguardar o resultado do seu segundo exame para eu poder fazer as papeladas que você vai necessitar. De ante mão vou te encaminhar a uma psicologa, o remédio que você precisará tomar é distribuído gratuitamente nos postos de saúde, tudo vai dar certo.
Mãe e filha, voltam para casa arrasadas, ao entrarem são recebidas calorosamente por Laura.
- Oi mamãe, oi vovó!
Claudia abraça forte a filha e a pega no colo, tentando conter as lágrimas que te sufocam o peito. 
- Minha filha o que vai ser de você? Não é justo você sofrer por um erro meu - pensa ela.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Tudo Por Amor (Parte 8)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Claudia ajoelha aos pés do irmão.
- Lúcio não faz isso, pelo amor de Deus! - clama ela.
- O que está acontecendo aqui? - pergunta Isabella, sem entender nada.
- Mãe a Claudia estava trabalhando em uma boate, como prostituta - diz Lúcio nervoso.
Isabella olha para os dois apavorada e sem acreditar no que o filho diz, pergunta a Claudia.
- Isso é verdade?
Claudia começa a chorar, Lúcio a levanta e abre o sobretudo, ao ver os trajes da filha Isabella fica chocada e perde o chão.
- Por que? Filha por que?
Ela ajoelha nos pés da mãe.
- Me perdoa?! Mãe me perdoa!
- Claudia, você me enganou esse tempo todo, você dizia que trabalhava como telefonista e era tudo mentira?!
- Uma vagabunda, que desgosto para família - argumenta Lúcio.
- Se contenha Lúcio, eu quero ouvir sua irmã - diz Isabella com voz embargada e lágrimas nos olhos.
- Eu não conseguia emprego, a boate foi minha ultima tentativa, eu precisava de dinheiro para poder criar a Laurinha e te ajudar mãe!
- Mas filha, por que você não me contou, juntas a gente dava um jeito!
- Eu não podia contar, não é justo a senhora ter uma filha prostituta. Logo a senhora que sempre lutou para criar eu e o Lúcio do modo correto, eu sei que sou um lixo, só que eu não sabia mais o que fazer para arranjar dinheiro.
Isabella abraça a filha.
- Por pior que seja a sua escolha, você teve os seus motivos.
- Ela tem que ir ao médico, pois pode estar doente - relata Lúcio.
- Seu irmão tem razão.
- Em quase todas as minha relações eu usava camisinha.
- Mas esses lugares costumam ser sujos, pois tem de tudo. Amanhã iremos a doutora Simone só para garantir.
- Eu podia esperar qualquer coisa de você Claudia, menos isso. Só a senhora mãe para ser compreensiva com ela, pois esse acontecimento está entalado na minha garganta.
- Vamos cessar com essa discussão, se um dia você tiver filhos Lúcio, vai me entender muito bem. Pai e mãe não foram feitos para julgar e sim para instruir os filhos, tanto nas atitudes certas como nas erradas. Claudia vá tomar um bom banho e Lúcio tchau, antes que você acorde a Laura.
A noite tortuosa chega ao fim.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 16 de agosto de 2014

Tudo Por Amor (Parte 7)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Tudo que fiz foi por amor a minha filha, você acha que é fácil vir até aqui, dançar e transar com um monte de homens?
- Você parou para pensar, que você pode estar com alguma doença sexualmente transmissível?! E  que pode passar ela para a nossa mãe e para sua filha?
- Você também está aqui, e não me venha com moral. Você vive em baladas e boates.
Ele dá outro tapa na cara dela.
- Cala a boca, eu saio sim, mas essa é a primeira boate que venho, para o seu governo eu não sou sujo como você. E penso muito em consequências, não saio dando e beijando o mundo todo, e chega de blá, blá, blá, vamos para casa!
Ele a puxa pelo braço para fora da boate, o guarda que fica na portaria tenta impedi-lo de levar Claudia a força.
- Ei, quer largar a moça.
- Essa vagabunda é minha irmã.
O homem nada diz, Lúcio joga Claudia dentro do carro e segue para a casa da mãe deles.
- Você não pode fazer isso comigo, não pode - diz ela com raiva.
- Posso sim! Pois quero o seu bem - ele pega seu sobretudo e dá para ela. - Coloca isso pois suas véstias são patéticas.
Chegando em casa os dois entram.
- Lúcio pelo amor de Deus não faz barulho, a Laura já está dormindo!
- Eu vou ser sútil.
Ele praticamente a arrasta até o quarto da mãe, Isabella que está acordada ainda, se assusta. Ele fecha a porta e diz.
- Mãe, a senhora não sabe aonde eu encontrei a Claudia?!


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Tudo Por Amor (Parte 6)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Ao se aproximar da mesa que fica ao fundo, Claudia tem um surpresa desagradável, um dos homens que está a mesa é o seu irmão. Ela se choca ao vê-lo ali, um dos amigos dele ao ver a beleza dela se levanta e à abraça, com medo da reação de Lúcio ela tenta sair dali, só que é tarde de mais ele a reconheceu.
- O que você faz aqui Claudia? - pergunta ele espantado.
Ela começa a chorar, o nervosismo toma conta de si. Lúcio se levanta e a puxa pelo braço.
- Ei, eu vi essa gata primeiro! - contradiz um amigo dele.
- Fica na tua Barbosa - diz ele bravamente.
Os dois vão para um reservado que há na boate, lugar onde clientes geralmente fazem sexo com as garotas.
- É esse o seu trabalho Claudia? Você é uma vagabunda?! - diz ele com voz firme.
- Lúcio, pelo amor de Deus você não pode contar nada a mamãe.
- Que decepção Claudia.
- Eu não arranjava emprego, vi o anúncio no jornal desta boate e decidi vir trabalhar aqui, eu precisava.
- Você não precisava não! Eu podia te ajudar, Claudia você enganou a mim, a mamãe e a sua filha.
- Eu venho pra cá por causa delas, eu não tive escolha. Não tenho estudo e precisava cuidar da Laurinha, já que eu sou a única responsável por ela, desde que o Bruno morreu no acidente de moto, era tudo ou nada.
- Não ter estudo, não é desculpa para trabalhar num lugar desse. Você não pensou na sua filha?! Você não pensou?
- Você não pode contar nada para a mamãe, Lúcio isso vai ser um baque para ela.
- Eu vou contar, e você não vai mais vim trabalhar aqui.
- Eu tenho que vir.
Ele dá um tapa na cara dela.
- Você é minha irmã e vou zelar por você, esse seria o tapa que você iria levar do nosso pai se ele estivesse vivo. Pegue as suas coisas, você vai para casa comigo.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 2 de agosto de 2014

Tudo Por Amor (Parte 5)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

As horas passam rápido e logo chega o momento de Claudia ir trabalhar, ela vai até o quarto da pequena Laura, beija-a no rosto e diz.
- Tenha uma ótima noite de sonhos querida!
- Até amanhã cedo mamãe.
- Até.
Ela sai do quarto, pega sua bolsa, se despede de sua mãe e segue para mais um dia de trabalho na boate. Em seus pensamentos leva consigo o rosto angelical da filha e o amor de sua mãe, toda noite ela se prostituí, para levar o pão de cada dia para casa, Claudia mentia, dizia trabalhar numa empresa de call center, mesmo tomada pela vergonha ela seguia em frente. Ao chegar na casa noturna ela é recebida pelo dono.
- Claudia, hoje vamos ter uma despedida de solteiro, coloque uma roupa bem sexy!
- Sim senhor.
Ela se dirige para o camarim do local, tira a roupa, escolhe uma lingerie vermelha e a coloca, ajeita os longos cabelos pretos, se maquia. Ao seu olhar no espelho, sua face está perfeita, já sua alma se condena a todo instante. Lágrimas lhe veem aos olhos, ela se controla para não chorar.
- Força Claudia, sua filha depende de você - diz ela a si mesma.
Em menos de meia hora a boate lota, e o show começa, há muitas garotas dançarinas e estripes  no local, Claudia dança e se exibe para os homens, vai de um lado para o outro, por ser bonita muitos homens a tocam e a beijam.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Tudo Por Amor (Parte 4)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Que ventos te trazem aqui? - pergunta Claudia.
- Queria matar a saudades, e vim trazer um pouco de dinheiro a vocês, eu fui promovido a supervisor no meu emprego.
- Parabéns filho!
- Parabéns maninho.
- Agora vou poder ajudar vocês no custo da casa.
- Por que você não investe esse dinheiro? - sugere Claudia.
- Estou ganhando hiper bem, um pouco eu uso, e um pouco eu guardo. Quero ajudar vocês com uma parte, sinto na obrigação já que o papai se foi.
- Lúcio meu filho, eu e sua irmã agradecemos mas por enquanto estamos dando conta das despesas, filho invista esse dinheiro nos seus estudos.
- Vocês são cabeças duras né? Eu quero ajudar, peguem esse dinheiro e comprem tudo que a Laura precisar.
- Eba, posso comprar uma boneca? - pergunta Laura entusiasmada.
Eles riem.
- Você não acha que tem bonecas de mais, em senhorita Laura?
- Eu queria aquela com cheirinho de fruta!
- Se sobrar dinheiro a mãe compra uma para você, só que você sabe a regra né?
- Quando der a senhora compra! - cita Laura.
- Pode deixar, o tio  te dá uma de presente.
- Eba! - grita a pequena.
- Assim você vai estragar sua sobrinha.
- Bobagem ela é uma ótima menina, bom o papo tá ótimo mas tenho que ir, logo mais tenho compromisso.
- Você e seus compromissos, ou melhor festas - relata Claudia.
- Deixa seu irmão Claudia, ele sabe curtir a vida com moderação.
- Disse tudo mãe!
Ele se despede de todos e vai embora.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Tudo Por Amor (Parte 3)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Quando Claudia acorda já são duas da tarde, ela se levanta e vai até a cozinha. Onde se encontra sua mãe e filha.
- Mamãe - diz Laura.
- Oi amor - diz Claudia a abraçando.
- Hoje na escola, fiz um desenho para você!
Ela corre e pega o desenho para mostrar a mãe.
- Que lindo filha, eu te amo muito!
- As duas sentem-se já vou servir o almoço - relata Isabella.
A campainha toca é Lúcio irmão de Claudia, ela quem vai abrir o portão.
- Oi Lúcio!
- Olá maninha, vim fazer uma visitinha.
Os dois entram e seguem para cozinha.
- Olá família - diz ele sorridente.
- Oi tio Lúcio.
Ele pega Laura no colo.
- Menina a cada dia você parece crescer mais.
- Isso tudo graças a comida da vovó - Laura pisca para vó.
- Você chegou numa hora boa, vamos comer pois está tudo pronto - relata Isabella colocando a salada na mesa.
Todos se sentam para comer.



Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 12 de julho de 2014

Tudo Por Amor (Parte 2)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Claudia sai do banho e se dirige para o seu quarto, ela senta na cama, sua mãe entra e se senta ao lado dela.
- Claudia não minta para mim, o que está acontecendo com você minha filha? - pergunta Isabella.
- Já disse que nada mãe!
- Eu vejo e sinto que há algo que te aflige, problemas no serviço?
- É, queria arranjar algo melhor mãe, mas sem estudo fica difícil. E eu não posso deixar esse emprego, pois tenho que criar a Laura.
- Se fizermos um esforço, quem sabe você não faz um desses cursos técnicos?
- Não dá mãe, se bobearmos não damos conta das nossas despesas, por enquanto o jeito é seguir com o que temos.
- Esse seu emprego te consome filha.
- Eu preciso dele para viver.
- Queria poder ajudar mais, mas minha doença não deixa. Me corta o coração ver esse seu sofrimento, a pensão  do seu pai é pequena também.
- Mãe não se culpe, a senhora já faz muito por mim!
As duas se abraçam.
- Você não vai tomar café?
- Agora não, estou sem fome.
- Tudo bem, vou deixar você descansar.
Isabella sai do quarto e Claudia pensa alto.
- Ai mãe, a senhora adivinhou que meu serviço me consome! - afirma ela fechando os olhos fortemente e abrindo-os, como forma de tentar espantar a dor.
Ela se deita e logo adormece.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Tudo Por Amor (Parte 1)

A história e os nomes apresentados aqui são de orgiem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Sempre que findava o meu trabalho eu me sentia um lixo. Ao chegar em casa pela manhã e receber o abraço da minha filha isso me confortava.
- Como foi no trabalho mamãe? - pergunta Laura abraçando Claudia.
- Tudo bem filha, tome logo o seu café meu amor, senão você vai se atrasar para escola.
Mal sabia ela, que meu dia não foi tão bom, tudo que eu fazia era pensando nela, o setor de trabalho não andava muito bem e arranjar um bom emprego era muito difícil. Com minha gravidez precoce e não planejada, não cursei faculdade, só tinha o ensino médio incompleto e um curso de computação.
- Bom dia filha! - diz Isabella.
- Bom dia mãe.
Todas as manhãs eu olhava para minha mãe com culpa nos olhos, eu era um nada, comparada com ela que sempre lutou para dar tudo de bom e melhor para mim.
- Laura a perua escolar chegou, vamos querida - relata Isabella ao ouvir o som da buzina.
- Tchau mamãe.
- Tchau filha, bons estudos.
Isabella conduz a neta até a van e volta, ela repara que Claudia não está bem.
- Filha, você não me parece bem?
- Só estou um pouco cansada, vou tomar um banho.
No chuveiro, eu tentava arrancar as marcas da vida, todo dia era assim. Eu tomava banho e chorava.
- O que vai ser de mim? Eu tenho que sair dessa vida! - pensava alto ela.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Recadinho

Claudia não mede esforços nem consequências, em prol do amor.
Vem ai a nova história do blog  "Tudo Por Amor"
Você não pode perder esse drama


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Recadinho

Olá pessoal, que acompanham Minhas Histórias!
Vocês perceberam que o blog anda sem publicações novas certo?
Peço que você tenham paciência, pois estou com uma vida mega corrida
E não to dando conta de tudo, em breve e assim que puder espero voltar a colocar
Minhas humildes e singelas histórias no blog!


segunda-feira, 12 de maio de 2014

Acreditar Parte 24

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Bom chega de conversar, a senhorita precisa descansar hora de ir embora, diz Gustavo.
- Bom tenho que ir agora, tchau Carlos.
- Tchau, e até breve.
- Pessoal estou indo, mais breve voltarei, eu amo muito vocês, esse mês que passarei longe vai me deixar cheia de saudades, tchau a todos, diz Luiza acenando.
- Tchau, diz uma garotinha.
- Tchau doutora, diz outro paciente.
- Deixa eu abraçar essa moça, diz Rubens.
Ele abraça ela.
- Se cuide, e trate de ficar boa logo, essa ala fica triste sem você.
- Pode deixar.
Depois das despedidas, Luiza segue abraçada com Gustavo até o carro dele, logo atrás seguem eles Laura e Roberto.
- Como é bom voltar a vida, relata Luiza.
- É uma sensação ótima né! Diz Gustavo.
- E como! 
- Você queria ir embora, mais eu não deixei, agora estamos quites.
- Quites?
- É você me salvou, e eu te salvei.
Ela sorri e ele também.
- Fique boa logo, pois quero minha parceira junto de mim viu.
- Você vai voltar a clinicar? Pergunta ela surpresa.
- Uhum, e vou voltar a fazer minha residência.
- Não tem presente melhor, para a minha volta a vida.
Eles param e se beijam, depois seguem até o carro. Que com todos dentro parte.


Autora: Ana Paula Catarino
(Fim)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Acreditar Parte 23

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Um mês depois Luiza tem alta, seus pais vem para busca-la, ela ficará de licença médica por mais um mês. Antes de ir embora Luiza é levada para o nono andar, Gustavo preparou uma surpresa para ela por lá.
Assim que sai do elevador, a moça recebe das mãos de Carlos um buquê de rosas azuis clara, amarradas com uma fita de cetim azul marinho.
- Que lindas, diz ela maravilhada.
- Presente de uma pessoa especial, diz Carlos piscando.
- Acho que sei quem é a pessoa, diz ela sorrindo.
Ela segue caminhando pelo corredor da ala adulto de oncologia, pacientes, enfermeiras, médicos batem palmas para ela.
- Obrigada, eu não sei o que seria de mim, sem vocês!
Às crianças dão um abraço coletivo nela e dizem todas juntas em coro.
- Presente do tio Gustavo!
Uma menina entrega para Luiza uma caixinha de anel em forma de coração de cor vermelha. Gustavo vem vindo adiante, e quando ele se aproxima dela, pega uma de suas mãos e lhe pergunta.
- Doutora Luiza Medeiros Fragoso, a senhorita aceita se casar com esse mero doutor que vos fala?
Ela sorri emocionada.
- Claro que sim, eu aceito!
Gustavo a abraça, os dois se beijam, ele retira o anel da caixinha e coloca no dedo dela. Todos que estão em volta dos dois batem palmas.
- Meus parabéns, você merece Luiza, diz Carlos abraçando ela.
- Obrigada Carlos, você será o meu padrinho, diz Luiza.
- Aceito o pedido com bom grado.
- É uma honra te-la como nora, diz Omero abraçando ela.
- Eu que me sinto honrada em fazer parte da sua familia doutor Omero.
- Me chame só de Omero.
- Antes de eu ir, queria lhe fazer uma pergunta Carlos.
- Faça, pois vamos nos ver agora só depois de um mês.
- Como ficou o caso do Renã?
Gustavo escuta a pergunta dela e fica intrigado.
- Amor, por que você quer saber dele ainda, se ele só te fez mal Luiza.
- Ele era o meu paciente Gustavo, só quero saber como ficou o caso dele, não vamos brigar por isso né?
- Filho, ela como médica precisa saber o que aconteceu com ele, juramos acima de qualquer coisa zelar pela vida do outro, diz Omero.
- Desculpa, você tem o direito de saber o que aconteceu com ele, diz Gustavo sem graça.
- Luiza o caso dele não teve jeito, nenhum médico cirurgião quis opera-lo. Demos alta para ele, assim ele seguirá os dias perto da família, pois não sabemos o quanto ainda lhe resta de vida. Ele me pediu que eu pedisse desculpa por ele a você, ele ficou muito mal por tudo que ele lhe causou desde a briga com o Gustavo até o acidente, relata Carlos.
- Não guardo mágoa dele, eu fiquei chateada com tudo que ele fez, mas passou. Como médica desejo tudo de bom para ele.
- Essa menina é um anjo disfarçado na terra né Carlos? Só pode, é por isso que eu a amo muito! Diz Gustavo acariciando o rosto de Luiza, ela sorri.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Acreditar Parte 22

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

A doutora Brenda entra no quarto.
- Vejo que você está recebendo o carinho de todos, isso é muito bom. Como você se sente Luiza? Pergunta ela sorrindo.
- Me sinto bem.
- Senti alguma dor? Pergunta Brenda.
- No momento não.
- Ainda bem, você está se recuperando muito bem, Luiza você é uma guerreira.
- Deus está junto dela, relata Gustavo olhando a amada com carinho.
- Doutora quando ela vai poder voltar para casa? Pergunta Laura.
- Se ela continuar com essa recuperação rápida, logo logo ela poderá voltar para casa.
- Aqui ela se encontra em boas mãos Laura, todos gostam dela, relata Roberto.
- Mais nada se compara ao lar, relata Laura.
- Mães são super protetoras, diz Luiza sorrindo.
- Eu tenho que zelar por você, um dia quando você tiver um filho vai saber o por que de sermos tão protetoras.
Eles riem.
- Bom, pessoal agora que Luiza está no quarto fica mais fácil de conversar com ela, só que essa mocinha necessita de repouso.
- Hora do tchau, diz Carlos.
- Tchau querida, diz Laura a abraçando.
- Tchau meu amor, diz Roberto beijando a testa dela.
- Até, diz Carlos. sorrindo para ela.
- Se cuide viu, diz Omero.
- Eu quero ficar mais um pouquinho com ela, diz Gustavo.
- Só um pouquinho hem, tchau Luiza, diz Brenda.
- Tchau!, diz Luiza.
Todos saem do quarto.
- Agora que estamos só nós dois aqui, quero te pedir perdão.
- Não precisa Gustavo.
- Preciso sim.
Ele abraça e beija ela.
- Você é minha vida, diz ele com os olhos marejados.
- E você é a minha!


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 6 de maio de 2014

Acreditar Parte 21

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Gustavo corre para dentro da UTI, e vai até Luiza, os médicos que estão a atende-la tentam conte-lo mais é em vão. Ela tem outra parada respiratória, Gustavo pega uma das mãos dela e aperta forte, chorando ele fala ao ouvido dela.
- Amor, me perdoe, eu acredito em você!.
Uma lágrima dele, cai sobre a face dela, as máquinas param de apitar, o silêncio toma conta do lugar, Luiza puxa o ar profundamente.
- Fica comigo Luiza, não vá embora, diz ele apoiando a cabeça em seu ombro.
Um outro milagre acontece na vida dos dois, Luiza abre os olhos. Gustavo sorri e beija a face da amada.
- Meu amor você voltou, graças a Deus você voltou!
Os médicos que estão a assistir tudo, vibram de alegria. Gustavo sai e volta para a sala de estar.
- Ela acordou, grita ele - Ela está salva.
- Graças a Deus, diz Carlos.
- Obrigada meu Deus, diz Laura caindo de joelhos ao chão.
- Luiza é forte, sabia que ela ia superar essa barra, diz Omero.
- Minha filha está salva, diz Roberto.
Todos se abraçam contentes. Depois de duas semanas, Luiza é transferida da UTI para um quarto comum.
- Deus te deu uma nova chance filha, diz Roberto.
- Você renasceu, relata Omero.
- Você nós deu um baita susto, diz Carlos.
Gustavo senta na cama e paga nas mãos dela.
- Meu coração é frágil viu, não me apronte outras dessas, diz ele beijando ela.
- Eu não me lembro de muita coisa.
- É normal Luiza, com o tempo sua memória voltará ao normal, diz Carlos.
- Você precisa de repouso amor.
Ela sorri.
- É dureza virar paciente.
Todos riem.
- Ela já está ótima, já sorri, relata Omero.
- Gustavo eu lembro um pouco da nossa briga.
- Esqueça, pois eu já esqueci! Vamos pensar só na sua recuperação agora.
Ele abraça ela.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

domingo, 4 de maio de 2014

Acreditar Parte 20

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Renã decide ir se desculpar com Gustavo.
- Carlos quero conversar com o Gustavo, diz ele.
Carlos liga para Gustavo.
- Oi Carlos.
- Você pode vir até a minha sala, quero conversar com você.
- Já estou indo.
Assim que Gustavo entra na sala e dá de cara com Renã ele balança a cabeça negativamente.
- Eu não fico aqui, junto com ele.
- Fique Gustavo, ouça o que ele tem a dizer, diz Carlos.
- Ele é o grande culpado por tudo que está acontecendo com a Luiza.
- Como ela está? Pergunta Renã.
- Como ela está? Ela está mal, e se ela morrer saiba que você é o único culpado aqui.
- Quero pedir desculpas, eu armei o beijo, ela não sabia de nada, eu finge que ia desmaiar, ela me segurou e eu aproveitei para beija-la, sinto muito.
- Ele sente muito Carlos, se sinta culpado pelo resto de sua vida, diz Gustavo indignado.
- Eu posso ir ver ela?
- Jamais, eu não permito tal coisa, diz Gustavo.
O celular dele toca, do outro lado da linha está seu pai Omero.
- Oi pai.
- Gustavo desce, a Luiza está tendo uma parada respiratória.
Ele desliga o telefone aflito.
- Carlos a Luiza está partindo, vamos descer.
- Eu quero ir com vocês, diz Renã.
- Você volte para o seu quarto e reze para que tudo dê certo, relata Carlos.
Quando Carlos e Gustavo chegam no quinto andar, os pais de Luiza estão a chorar.
- Nossa filha está indo embora, diz Laura abraçada a Roberto.
A aflição dos dois contagia a todos.
- Quantas paradas já ocorreram? Pergunta Carlos.
- Duas, sinto muito filho, Luiza parece não resistir.
Gustavo entra em prantos.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 3 de maio de 2014

Acreditar Parte 19

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Passado um bom tempo, a médica responsável por atender Luiza, vai ao encontro deles na sala de espera. Ao ver a médica Gustavo se levanta.
- Então como está ela doutora? Pergunta ele.
- O caso não é bom, ela teve duas costelas fraturadas, por pouco uma quase perfura um de seus pulmões, graças a Deus isso não aconteceu, ela teve também um pequeno traumatismo craniano, o qual gerou um coagulo, que por sorte conseguimos remove-lo, mais ela segue em coma e a função do seu organismo está baixa, Luiza respira com a ajuda dos aparelho, agora é ver como ela vai reagir ao tratamento, as suas primeiras vinte e quatro horas serão decisivas, diz Brenda.
Gustavo começa a chorar, Omero o abraça.
- Luiza é forte meu filho, ela vai sair dessa.
- Posso vê-la doutora? Diz ele se soltando do pai.
- Te libero uma breve visita.
- Eu vou avisar os pais dela, diz Carlos.
Gustavo entra na UTI, ele vê Luiza pelo vidro do quarto toda entubada, seu coração pulsa forte ao colocar uma de suas mãos no vidro, ele abaixa a cabeça e chora.
- É culpa minha, eu não quero te perder meu amor, eu não posso te perder, diz Gustavo no intuito que Luiza vai escuta-lo.
No outro dia pela manhã, Carlos vista Renã.
- Bom dia Renã.
- Bom dia, a doutora Luiza não vem hoje?
- Ela não virá hoje, graças a você meu caro.
- Como assim?
- Por causa da sua atitude ontem, Luiza aflita e tentando explicar ao namorado o fato ocorrido, sofreu um acidente, ela foi atropelada e agora está entre a vida e a morte na UTI, satisfeito Renã?
- Eu não queria causar isso, eu juro que não queria, eu gosto muito da Luiza, não era a minha intenção machuca-la.
- Não era sua intenção? Santo Deus Renã, seu ato pode sair muito caro se Luiza vier a falecer, tenha a decência de explicar tudo que aconteceu ao Gustavo.
Carlos dá de ombros e sai do quarto. Renã se sente culpado e chora.
- Deus, o que eu fiz com a Luiza, diz ele a si mesmo.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 29 de abril de 2014

Acreditar Parte 18

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Preciso ir atrás dele.
Luiza se levanta e caminha até o elevador, chegando ao térreo corre em direção a rua, seu desespero é tanto que ela não presta atenção ao atravessar a rua. Luiza é atingida em cheio por um carro, seu corpo é jogado contra o para-brisas, ela cai ao chão desacordada. Funcionários do hospital a socorrem, ela é levada as pressas para emergência. A recepcionista avisa a enfermaria oncológica sobre o fato ocorrido, a enfermeira que está de plantão relata tudo para Carlos, ele liga para Gustavo.
- Alô.
- Gustavo sou eu o Carlos, você ainda está no hospital?
- Estou sim, se é para falar na Luiza...
Carlos o interrompe.
- Ela sofreu um acidente agora a pouco em frente ao hospital.
- E como ela está? Pergunta Gustavo aflito.
- Não sei ainda, estou indo para o quinto andar, é onde ela está sendo atendida, para saber do caso, só liguei para lhe avisar.
- Estou na sala do meu pai, eu te encontro lá.
Gustavo desliga o celular.
- O que houve?
- Pai a Luiza sofreu um acidente, vamos para o quinto andar.
Ao chegar no quinto andar Omero e Gustavo, dá de cara com Carlos.
- Como ela está? Pergunta Omero.
- Ela foi para cirurgia.
- Cirurgia? Então vamos acompanhar, diz Gustavo.
- Melhor não, já tem bastante gente cuidando dela, vamos esperar por notícias aqui mesmo, é o melhor a se fazer.
- Carlos, somos médicos.
- A equipe da emergência é muito boa meu filho, vamos aguardar aqui fora.
- Como que isso foi acontecer?
- Ela saiu chorando atrás de você, ela não sabia que você ainda estava no hospital, relata Carlos.
- É tudo culpa minha, se acontecer algo com ela não vou me perdoar, diz Gustavo com os olhos marejados.
Carlos coloca a mão no ombro de Gustavo.
- Às vezes pecamos, erramos e até ferimos quem amamos, pelo simples fato de não acreditar no que nos foi dito por elas, Gustavo a Luiza te ama, ela te deu a vida, ela nunca seria capaz de te trair, só eu sei como ela ficou naquele dia em que você abandonou tudo, e como ela seguiu mesmo estando triste, não deixe que terceiros estraguem o amor de vocês dois. Digo isso tudo pela minha experiencia de vida.
- Só espero que não seja tarde de mais, para eu tentar me reconciliar com ela Carlos.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Acreditar Parte 17

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Luiza sai atrás de Gustavo.
- Gustavo não é nada disso que você está pensando, diz ela aflita e segurando um dos braços dele.
- Eu vi muito bem você beijando ele, como você pode fazer isso comigo, logo eu que te amo tanto.
- Eu te amo, me escuta por favor, foi ele quem me beijou.
- Não me vem com essa agora, pois não vai colar, é por isso que você defendia ele né? Você já estava apaixonada.
Ela começa a chorar.
- Gustavo não é nada disso, acredita em mim, eu te amo, pelo amor de Deus acredita em mim.
- Está tudo acabado entre nós, volta lá e fica com ele, eu não quero mais você, diz Gustavo chorando.
Vendo a briga deles Carlos se aproxima.
- O que está acontecendo?
- Eu vi a Luiza beijando o Renã, diz Gustavo bravo.
- Ele se aproveitou da situação e me beijou, mais eu amo você Gustavo.
- Ama tanto que beija outro, você me decepcionou muito Luiza.
- Se acalmem os dois.
- Carlos me ajuda, ele não quer acreditar em mim.
- Vai dizer que você sabia do caso dos dois, que bonito seu Carlos, relata Gustavo.
- Primeiramente pelo o que me consta Luiza te ama Gustavo, e outra o Renã não é confiável.
- Eu vi os dois se beijando, eu vi, diz gritando Gustavo.
- Abaixa o tom de voz Gustavo, você está dentro de um hospital e não na rua! Luiza eu disse para você tomar cuidado com o Renã.
- Ele me enganou, ele pareceu que ia desmaiar, eu o segurei e quando vi ele me beijou, eu não sabia que ele ia fazer isso comigo.
- E pelo jeito você gostou né?
- Não eu odiei, Gustavo eu te amo, eu te amo muito, eu nunca te dei motivo para duvidar do meu amor por você.
- Eu não suporto uma traição, é o fim Luiza.
Gustavo vai embora, Luiza cai de joelhos ao chão em prantos, Carlos se agacha e abraça ela.
- Se acalme, vamos dar um jeito de esclarecer tudo.
- O Gustavo nunca vai me perdoar, eu não vou suportar perde-lo Carlos.


Autora: Ana Paula Catarino
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sábado, 26 de abril de 2014

Acreditar Parte 16

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Passam-se um mês e nada muda, Gustavo faz visitas semanais às crianças e não volta a clinicar. No fim de uma apresentação musical no anfiteatro Luiza bate palmas, mais ela ainda se sente triste pelo fato ocorrido com o amado, Renã percebe a tristeza da moça.
- Luiza, por que você está triste? Pergunta ele.
- Eu pareço triste Renã?
- Muito, até os seus olhos relatam isso.
- Fases da vida.
- Não gosto de ver você assim, isso recobre a sua beleza.
Luiza fica em silêncio por algum momento, dai ela se levanta.
- Bom deixa eu voltar ao trabalho, diz ela.
- Posso acompanha-la de volta?
- Sim claro.
Luiza e Renã pegam o elevador até o nono andar.
- Chegamos, você consegue ir até o seu quarto Renã?
- Acho que sim, até mais tarde.
- Até!
Luiza caminha para a enfermaria Renã a observa e pensa alto.
- Hoje você não me escapa, eu sei que posso te fazer feliz, até mais feliz do que aquele babaca do Gustavo, diz ele sorrindo malvadamente.
A tarde Gustavo aparece para visitar às crianças, ele brinca, canta e dança com elas. Depois ele resolve ir ao encontro de Luiza, ela está a visitar Renã.
- Hoje a apresentação foi linda!, diz Renã.
- Muito, como você se sente?
- Me sinto bem, estou melhor do que muitos dias atrás.
- O corpo médico de cirurgiões estão avaliando o seu caso, breve eles vão dar o parecer sobre sua possível cirurgia.
Renã se aproxima de Luiza e finge que vai desmaiar, ela o apoia em seus braços, aproveitando a situação ele a beija, de frente para a porta do quarto que está aberta Gustavo fica pasmo com o que vê.
- Luiza, grita ele.
Ela se solta de Renã assustada, Gustavo sai.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Acreditar Parte 15

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- O que houve com o Gustavo Carlos? Pergunta Luiza.
- Choque de realidade, enquanto ele estava do lado dos pacientes tudo parecia diferente, ele juntou o problema que ele tinha ao deles, e criou uma força para dar força a eles, ai ele sarou e seu sofrimento acabou, agora ele aprendeu a ver as coisas do outro lado, a morte dói muito mais para quem está sã.
- Se ele fazer um tratamento psicológico, será que não resolve? Pergunta Omero.
- Quer um conselho Omero? Deixa o tempo dizer, siga conversando com ele, quem sabe o Gustavo não muda de ideia, relata Carlos.
- Quem sabe né, bom vou voltar ao trabalho, tchau para vocês, diz Omero.
- Tchau, diz Carlos
- Tchau, diz Luiza
Ao chegar em casa, Luiza toma uma banho e se junta a mesa para jantar com os pais, Roberto nota que a filha está triste.
- O que foi querida? Você não parece contente, aconteceu algo no seu serviço? Pergunta ele.
- O Gustavo abandonou tudo pai.
- Como assim? Pergunta Laura.
- Hoje ele deixou o hospital e a residência, tudo porque o paciente que ele estava a acompanhar faleceu.
- Nossa!
- Ele ficou arrasado, nunca o vi daquele jeito, tão desanimado, sem força, quase sem vida.
- Ele só sofreu um baque emocional, quando passar Gustavo voltará a ativa, fique certa disso filha, diz Roberto.
- Não sei não pai, pra mim ele não volta mais.
Eles terminam de jantar, Luiza vai para o quarto e se deita, ela não consegue parar de pensar em Gustavo.


Autora: Ana Paula Catarino
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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Acreditar Parte 14

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Luiza pega nas mãos dele.
- Amor seja forte, por você e por todos, diz ela.
- Não consigo.
- Acredite Gustavo, acredite!
Ela se estica um pouco e beija os lábios dele, acaricia sua face e o beija novamente. Os dois lancham, Gustavo vai sozinho falar com o diretor da ala oncológica, e pede o cancelamento da sua residência.
- Eu lamento muito pela sua decisão, Gustavo você vai nos fazer falta, diz Rubens.
- Agradeço por tudo, não estou preparado para ser médico.
- Sua vaga sempre estará a sua espera, caso você mude de ideia.
Os dois apertam as mãos, Gustavo decidi ir na ala das crianças para se despedir delas.
- Meus amores, eu vim me despedir de vocês, diz Gustavo com lágrimas nos olhos.
- Tio o senhor voltou a ficar doente? Pergunta uma garotinha.
Ele se agacha e olha nos olhos dela e diz.
- Mais ou menos meu amor, quando você crescer, vai entender o porque de certas coisas, mais eu prometo que venho visitar vocês, agora eu quero um abraço coletivo e bem apertado.
As crianças abraçam ele, Gustavo sai enxugando as lágrimas e se dirige para ala dos adultos, lá estão a espera-lo Luiza, Carlos e Omero.
- É isso, vou embora, diz ele colocando as mãos no bolso do jaleco.
- Filho você pode mudar sua área de atuação, ou até ser clínico geral.
Gustavo abraça o pai.
- Não dá, eu sinto dentro de mim que não dá.
Gustavo abraça Carlos.
- Obrigado por tudo, por cuidar de mim e por me ensinar.
- Sua presença fará falta, se cuida menino, diz Carlos.
E por fim Gustavo abraça e beija Luiza, ela começa a chorar.
- Você faz parte dessa ala Gustavo, diz ela.
Ele enxuga as lágrimas dela com suas mãos.
- Deixo tudo menos você, pois eu a levo na minha genética e no meu coração, se cuida, a gente se fala.
- Gustavo não vai, aqui é sua segunda casa, suplica Luiza.
Ele a beija mais uma vez e nada diz, sai pega o elevador e na saída do hospital ele olha para o céu, olha para o prédio e diz - Adeus!


Autora: Ana Paula Catarino
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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Acreditar Parte 13

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Calma amor, eu sei que é ruim mais nós médicos temos que nos acostumar com as perdas.
- A Luiza tem razão Gustavo, eu já passei por isso tantas vezes, relata Carlos.
- Ele só tinha quinze anos!
Carlos deixa os dois as sós, Gustavo fica abraçado a Luiza por um bom tempo, depois eles vão até a lanchonete do hospital.
- Por favor garçom, diz Luiza levantando o braço.
O garçom vem até a mesa que se encontram os dois.
- Pois não?, diz ele.
- Você pode me trazer dois sucos de laranja gelado, e dois sanduíches de muçarela com presunto.
- Eu só quero o suco, diz Gustavo desanimado.
- Traz os dos lanches por favor! Afirma Luiza.
O garçom anota tudo e sai.
- Estou sem fome Luiza.
- Você precisa comer, não se esqueça de tudo que você já passou à um tempo atrás.
- Eu sei o que passei, mais estou sem apetite, hoje cheguei a uma conclusão.
O garçom traz os pedidos e os ajeita na mesa, em seguida ele sai, Luiza toma um pouco do suco.
- Que conclusão? Pergunta ela mordendo o lanche.
- Eu não sirvo para ser médico.
Luiza limpa a boca com um guardanapo.
- Você serve sim Gustavo, você cativa as pessoas e elas gostam de você.
- Eu não vou suportar ver elas morrerem.
- Amor, todos nós vamos morrer um dia, e sei como é difícil ver alguém partir, ainda mais quando nos apegamos a tal pessoa, e quem parti por causa do Ca é pior ainda, eu sei bem porque quando meu irmão morreu eu fiquei assim sem rumo igual a você.
- Eu não quero estar ao lado da morte, pois eu já estive cara a cara com ela e não gostei nadinha.
- Você pode fazer a pediatria comum.
- Eu não estou preparado para isso, quando eu estava doente me questionava muito se iria clinicar, e hoje sei que não darei conta de ser médico.
- Você vai abandonar tudo?
- Eu vou Luiza, posso até vir aqui uma ou duas vezes por semana para alegrar às crianças e ajudar você, mais não quero mais criar vínculos.
- Gustavo você já criou vínculos, aquelas crianças gostam de você, e você prometeu ajuda-las.
- Eu sinto muito, mais não dá.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Acreditar Parte 12

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

No outro dia no hospital, Luiza analisa a tomografia de Renã, e a situação não é nada boa. Depois de muita conversa com Carlos, ela e ele vão conversar com Renã.
- Bom dia Renã, diz Carlos.
- Bom dia, pelo jeito minha situação não é legal né? Vocês dois juntos aqui tão cedo.
- Seu tumor apresentou uma pequena evolução, relata Luiza.
- Ele cresceu?
- De certa forma sim, para você ter uma proporção do caso ele era do tamanho de um grão de arroz, hoje ele já se parece com um grão de feijão.
- Então vou morrer? Pergunta Renã assustado.
- Não pense assim, diz Luiza pegando uma das mãos dele.
Renã levemente sorri olhando para ela.
- Com você aqui tudo fica melhor!, diz ele.
Carlos não gosta do que presencia.
- O que vai acontecer comigo agora?
- Vou entrar em contato com todos os neurocirurgiões do hospital, vamos estudar uma possível operação para a retirada do seu tumor, com os avanços tecnológicos quem sabe não encontramos uma saída para tudo, diz Carlos.
- Vamos arrumar um meio para salvar você.
- Descanse Renã, e tente manter a calma, vamos fazer o melhor por você com fé tudo dará certo, Luiza você me acompanha até lá fora preciso conversar com você. Até breve Renã.
- Até doutor.
- Tchau Renã.
Luiza solta a mão dele e sai junto com Carlos.
- Luiza eu não tenho nada a ver com sua vida, mais gostaria de te dar um toque.
- Claro pode dizer Carlos, considero você um segundo pai para mim.
- Eu reparei no modo como Renã a olha, e não me leve a mal, mais não se aproxime tanto dele, sei o quanto você é carinhosa com os pacientes, mas ele pode estar misturando as coisas.
- Você é a terceira pessoa que me fala isso, tomarei cuidado pode deixar.
Nesse meio tempo Gustavo vem correndo até eles chorando.
- O que houve? Pergunta Luiza aflita.
- O Gabriel faleceu, Luiza ele se foi, diz Gustavo nervoso.
- Como assim?
- Ninguém me avisou, ninguém.
- Falha da doutora Roseli, ela é quem toma conta da ala infanto-juvenil, nem eu sabia do ocorrido, relata Carlos.
- Eu cheguei e fui direto para o quarto dele, e ele não estava lá, pensei que estivesse fazendo algum exame, fui cumprimentar as enfermeira e aproveitei para perguntar dele, uma me informou que ele veio a falecer nesta madrugada, vítima de uma parada cardio-respiratória.
- Ele parecia tão bem ontem, mas não fica assim amor, ela está em um lugar melhor, Deus cessou seu  sofrimento.
- Ele estava bem, só que ele se foi, Luiza ele se foi, diz Gustavo soluçando.
- Vem aqui, diz Luiza o puxando para perto dela.
Ela o abraça forte e Gustavo debulha em lágrimas.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 15 de abril de 2014

Acreditar Parte 11

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Em casa Luiza comenta o fato ocorrido naquele dia, com sua mãe.
- Achei desnecessário o ciúmes do Gustavo por causa do Renã, mãe ele deu piti na frente de todos, eu fiquei super envergonhada.
- Filha, homens são assim ciumentos, agora me diz uma coisa esse Renã deu motivo para o surto do Gustavo?
- Não, ele só me abraçou e me elogio, nada de mais mãe.
- Luiza toma cuidado com esse Renã, sinto que ele não é boa coisa, meu pressentimento de mãe não falha.
- Mãe ele é um paciente comum, como todos os outros que me elogiam, além de tudo está enfrentando uma barra, pois o tumor dele não tem como ser operado.
- Ele é jovem, está internado num hospital, tem carências, desejos, isso basta para ele fazer algo de ruim sabe.
- Mãe! Por favor não viaja.
- Luiza eu tenho experiência no ramo homem cafajeste.
- Deixa o papai escutar a senhora dizendo isso, diz Luiza rindo.
- Boba, seu pai é um rei para mim, e eu não tenho do que me queixar dele, juntos nós somos um, filha eu te peço tome cuidado amor, cuidado para não se iludir e magoar os outros.
- Não vou me iludir, nem magoar ninguém, sei separar as coisas, eu só nutro amizade com o Renã e nada além disso, e apesar do Gustavo ter me magoado eu o amo muito. Bom vou para o meu quarto.
Luiza beija a testa da mãe e vai para o quarto, ela senta na cama e pega um retrato que está em cima do criado mudo, na foto ela e Gustavo estão abraçados, ela leva o retrato ao peito e o aperta forte.
- Mesmo chateada, não consigo parar de pensar em você, diz ela para si mesmo.
Seu celular toca, ela deixa o retrato sobre a cama para atender o telefone, vê que a chamada é de Gustavo ela decide atende-lo.
- Alô, diz ela.
- Tudo bem?
- Tudo mais ou menos sabe.
- Liguei para pedir desculpas.
- Só isso?
- E para dizer que eu te amo.
- Bom você já disse, então tchau.
- Lu, não desliga por favor amor me perdoa, eu não sei ficar brigado com você, sei que eu errei, que me descontrolei, que te fiz ficar triste, eu não vou aguentar ficar longe de você, do seu beijo, do seu abraço, do seu sorriso.
Ela o escuta mais não diz nada.
- Lu, eu preciso de você. Gustavo suspira - Eu preciso muito de você!
Luiza sente seu coração pulsar forte.
- Eu também preciso de você, e eu também não sei ficar brigada com você, eu te perdoou, pois meu amor fala mais alto que tudo, diz ela.
- Nosso amor é mais que tudo, desculpa, vou procurar ser melhor, prometo a você.
- Amanhã a gente conversa mais, preciso ir dormir, beijos amor tchau.
- Beijos amor, tchau e até amanhã.
Luiza desliga o celular e sorri, é possível ver o quanto aquelas poucas palavras a fizeram ficar bem. Gustavo era a segunda melhor coisa em sua vida.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)