A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.
- Preciso ir atrás dele.
Luiza se levanta e caminha até o elevador, chegando ao térreo corre em direção a rua, seu desespero é tanto que ela não presta atenção ao atravessar a rua. Luiza é atingida em cheio por um carro, seu corpo é jogado contra o para-brisas, ela cai ao chão desacordada. Funcionários do hospital a socorrem, ela é levada as pressas para emergência. A recepcionista avisa a enfermaria oncológica sobre o fato ocorrido, a enfermeira que está de plantão relata tudo para Carlos, ele liga para Gustavo.
- Alô.
- Gustavo sou eu o Carlos, você ainda está no hospital?
- Estou sim, se é para falar na Luiza...
Carlos o interrompe.
- Ela sofreu um acidente agora a pouco em frente ao hospital.
- E como ela está? Pergunta Gustavo aflito.
- Não sei ainda, estou indo para o quinto andar, é onde ela está sendo atendida, para saber do caso, só liguei para lhe avisar.
- Estou na sala do meu pai, eu te encontro lá.
Gustavo desliga o celular.
- O que houve?
- Pai a Luiza sofreu um acidente, vamos para o quinto andar.
Ao chegar no quinto andar Omero e Gustavo, dá de cara com Carlos.
- Como ela está? Pergunta Omero.
- Ela foi para cirurgia.
- Cirurgia? Então vamos acompanhar, diz Gustavo.
- Melhor não, já tem bastante gente cuidando dela, vamos esperar por notícias aqui mesmo, é o melhor a se fazer.
- Carlos, somos médicos.
- A equipe da emergência é muito boa meu filho, vamos aguardar aqui fora.
- Como que isso foi acontecer?
- Ela saiu chorando atrás de você, ela não sabia que você ainda estava no hospital, relata Carlos.
- É tudo culpa minha, se acontecer algo com ela não vou me perdoar, diz Gustavo com os olhos marejados.
Carlos coloca a mão no ombro de Gustavo.
- Às vezes pecamos, erramos e até ferimos quem amamos, pelo simples fato de não acreditar no que nos foi dito por elas, Gustavo a Luiza te ama, ela te deu a vida, ela nunca seria capaz de te trair, só eu sei como ela ficou naquele dia em que você abandonou tudo, e como ela seguiu mesmo estando triste, não deixe que terceiros estraguem o amor de vocês dois. Digo isso tudo pela minha experiencia de vida.
- Só espero que não seja tarde de mais, para eu tentar me reconciliar com ela Carlos.
Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)