terça-feira, 29 de abril de 2014

Acreditar Parte 18

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Preciso ir atrás dele.
Luiza se levanta e caminha até o elevador, chegando ao térreo corre em direção a rua, seu desespero é tanto que ela não presta atenção ao atravessar a rua. Luiza é atingida em cheio por um carro, seu corpo é jogado contra o para-brisas, ela cai ao chão desacordada. Funcionários do hospital a socorrem, ela é levada as pressas para emergência. A recepcionista avisa a enfermaria oncológica sobre o fato ocorrido, a enfermeira que está de plantão relata tudo para Carlos, ele liga para Gustavo.
- Alô.
- Gustavo sou eu o Carlos, você ainda está no hospital?
- Estou sim, se é para falar na Luiza...
Carlos o interrompe.
- Ela sofreu um acidente agora a pouco em frente ao hospital.
- E como ela está? Pergunta Gustavo aflito.
- Não sei ainda, estou indo para o quinto andar, é onde ela está sendo atendida, para saber do caso, só liguei para lhe avisar.
- Estou na sala do meu pai, eu te encontro lá.
Gustavo desliga o celular.
- O que houve?
- Pai a Luiza sofreu um acidente, vamos para o quinto andar.
Ao chegar no quinto andar Omero e Gustavo, dá de cara com Carlos.
- Como ela está? Pergunta Omero.
- Ela foi para cirurgia.
- Cirurgia? Então vamos acompanhar, diz Gustavo.
- Melhor não, já tem bastante gente cuidando dela, vamos esperar por notícias aqui mesmo, é o melhor a se fazer.
- Carlos, somos médicos.
- A equipe da emergência é muito boa meu filho, vamos aguardar aqui fora.
- Como que isso foi acontecer?
- Ela saiu chorando atrás de você, ela não sabia que você ainda estava no hospital, relata Carlos.
- É tudo culpa minha, se acontecer algo com ela não vou me perdoar, diz Gustavo com os olhos marejados.
Carlos coloca a mão no ombro de Gustavo.
- Às vezes pecamos, erramos e até ferimos quem amamos, pelo simples fato de não acreditar no que nos foi dito por elas, Gustavo a Luiza te ama, ela te deu a vida, ela nunca seria capaz de te trair, só eu sei como ela ficou naquele dia em que você abandonou tudo, e como ela seguiu mesmo estando triste, não deixe que terceiros estraguem o amor de vocês dois. Digo isso tudo pela minha experiencia de vida.
- Só espero que não seja tarde de mais, para eu tentar me reconciliar com ela Carlos.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Acreditar Parte 17

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Luiza sai atrás de Gustavo.
- Gustavo não é nada disso que você está pensando, diz ela aflita e segurando um dos braços dele.
- Eu vi muito bem você beijando ele, como você pode fazer isso comigo, logo eu que te amo tanto.
- Eu te amo, me escuta por favor, foi ele quem me beijou.
- Não me vem com essa agora, pois não vai colar, é por isso que você defendia ele né? Você já estava apaixonada.
Ela começa a chorar.
- Gustavo não é nada disso, acredita em mim, eu te amo, pelo amor de Deus acredita em mim.
- Está tudo acabado entre nós, volta lá e fica com ele, eu não quero mais você, diz Gustavo chorando.
Vendo a briga deles Carlos se aproxima.
- O que está acontecendo?
- Eu vi a Luiza beijando o Renã, diz Gustavo bravo.
- Ele se aproveitou da situação e me beijou, mais eu amo você Gustavo.
- Ama tanto que beija outro, você me decepcionou muito Luiza.
- Se acalmem os dois.
- Carlos me ajuda, ele não quer acreditar em mim.
- Vai dizer que você sabia do caso dos dois, que bonito seu Carlos, relata Gustavo.
- Primeiramente pelo o que me consta Luiza te ama Gustavo, e outra o Renã não é confiável.
- Eu vi os dois se beijando, eu vi, diz gritando Gustavo.
- Abaixa o tom de voz Gustavo, você está dentro de um hospital e não na rua! Luiza eu disse para você tomar cuidado com o Renã.
- Ele me enganou, ele pareceu que ia desmaiar, eu o segurei e quando vi ele me beijou, eu não sabia que ele ia fazer isso comigo.
- E pelo jeito você gostou né?
- Não eu odiei, Gustavo eu te amo, eu te amo muito, eu nunca te dei motivo para duvidar do meu amor por você.
- Eu não suporto uma traição, é o fim Luiza.
Gustavo vai embora, Luiza cai de joelhos ao chão em prantos, Carlos se agacha e abraça ela.
- Se acalme, vamos dar um jeito de esclarecer tudo.
- O Gustavo nunca vai me perdoar, eu não vou suportar perde-lo Carlos.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 26 de abril de 2014

Acreditar Parte 16

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Passam-se um mês e nada muda, Gustavo faz visitas semanais às crianças e não volta a clinicar. No fim de uma apresentação musical no anfiteatro Luiza bate palmas, mais ela ainda se sente triste pelo fato ocorrido com o amado, Renã percebe a tristeza da moça.
- Luiza, por que você está triste? Pergunta ele.
- Eu pareço triste Renã?
- Muito, até os seus olhos relatam isso.
- Fases da vida.
- Não gosto de ver você assim, isso recobre a sua beleza.
Luiza fica em silêncio por algum momento, dai ela se levanta.
- Bom deixa eu voltar ao trabalho, diz ela.
- Posso acompanha-la de volta?
- Sim claro.
Luiza e Renã pegam o elevador até o nono andar.
- Chegamos, você consegue ir até o seu quarto Renã?
- Acho que sim, até mais tarde.
- Até!
Luiza caminha para a enfermaria Renã a observa e pensa alto.
- Hoje você não me escapa, eu sei que posso te fazer feliz, até mais feliz do que aquele babaca do Gustavo, diz ele sorrindo malvadamente.
A tarde Gustavo aparece para visitar às crianças, ele brinca, canta e dança com elas. Depois ele resolve ir ao encontro de Luiza, ela está a visitar Renã.
- Hoje a apresentação foi linda!, diz Renã.
- Muito, como você se sente?
- Me sinto bem, estou melhor do que muitos dias atrás.
- O corpo médico de cirurgiões estão avaliando o seu caso, breve eles vão dar o parecer sobre sua possível cirurgia.
Renã se aproxima de Luiza e finge que vai desmaiar, ela o apoia em seus braços, aproveitando a situação ele a beija, de frente para a porta do quarto que está aberta Gustavo fica pasmo com o que vê.
- Luiza, grita ele.
Ela se solta de Renã assustada, Gustavo sai.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Acreditar Parte 15

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- O que houve com o Gustavo Carlos? Pergunta Luiza.
- Choque de realidade, enquanto ele estava do lado dos pacientes tudo parecia diferente, ele juntou o problema que ele tinha ao deles, e criou uma força para dar força a eles, ai ele sarou e seu sofrimento acabou, agora ele aprendeu a ver as coisas do outro lado, a morte dói muito mais para quem está sã.
- Se ele fazer um tratamento psicológico, será que não resolve? Pergunta Omero.
- Quer um conselho Omero? Deixa o tempo dizer, siga conversando com ele, quem sabe o Gustavo não muda de ideia, relata Carlos.
- Quem sabe né, bom vou voltar ao trabalho, tchau para vocês, diz Omero.
- Tchau, diz Carlos
- Tchau, diz Luiza
Ao chegar em casa, Luiza toma uma banho e se junta a mesa para jantar com os pais, Roberto nota que a filha está triste.
- O que foi querida? Você não parece contente, aconteceu algo no seu serviço? Pergunta ele.
- O Gustavo abandonou tudo pai.
- Como assim? Pergunta Laura.
- Hoje ele deixou o hospital e a residência, tudo porque o paciente que ele estava a acompanhar faleceu.
- Nossa!
- Ele ficou arrasado, nunca o vi daquele jeito, tão desanimado, sem força, quase sem vida.
- Ele só sofreu um baque emocional, quando passar Gustavo voltará a ativa, fique certa disso filha, diz Roberto.
- Não sei não pai, pra mim ele não volta mais.
Eles terminam de jantar, Luiza vai para o quarto e se deita, ela não consegue parar de pensar em Gustavo.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Acreditar Parte 14

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Luiza pega nas mãos dele.
- Amor seja forte, por você e por todos, diz ela.
- Não consigo.
- Acredite Gustavo, acredite!
Ela se estica um pouco e beija os lábios dele, acaricia sua face e o beija novamente. Os dois lancham, Gustavo vai sozinho falar com o diretor da ala oncológica, e pede o cancelamento da sua residência.
- Eu lamento muito pela sua decisão, Gustavo você vai nos fazer falta, diz Rubens.
- Agradeço por tudo, não estou preparado para ser médico.
- Sua vaga sempre estará a sua espera, caso você mude de ideia.
Os dois apertam as mãos, Gustavo decidi ir na ala das crianças para se despedir delas.
- Meus amores, eu vim me despedir de vocês, diz Gustavo com lágrimas nos olhos.
- Tio o senhor voltou a ficar doente? Pergunta uma garotinha.
Ele se agacha e olha nos olhos dela e diz.
- Mais ou menos meu amor, quando você crescer, vai entender o porque de certas coisas, mais eu prometo que venho visitar vocês, agora eu quero um abraço coletivo e bem apertado.
As crianças abraçam ele, Gustavo sai enxugando as lágrimas e se dirige para ala dos adultos, lá estão a espera-lo Luiza, Carlos e Omero.
- É isso, vou embora, diz ele colocando as mãos no bolso do jaleco.
- Filho você pode mudar sua área de atuação, ou até ser clínico geral.
Gustavo abraça o pai.
- Não dá, eu sinto dentro de mim que não dá.
Gustavo abraça Carlos.
- Obrigado por tudo, por cuidar de mim e por me ensinar.
- Sua presença fará falta, se cuida menino, diz Carlos.
E por fim Gustavo abraça e beija Luiza, ela começa a chorar.
- Você faz parte dessa ala Gustavo, diz ela.
Ele enxuga as lágrimas dela com suas mãos.
- Deixo tudo menos você, pois eu a levo na minha genética e no meu coração, se cuida, a gente se fala.
- Gustavo não vai, aqui é sua segunda casa, suplica Luiza.
Ele a beija mais uma vez e nada diz, sai pega o elevador e na saída do hospital ele olha para o céu, olha para o prédio e diz - Adeus!


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Acreditar Parte 13

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Calma amor, eu sei que é ruim mais nós médicos temos que nos acostumar com as perdas.
- A Luiza tem razão Gustavo, eu já passei por isso tantas vezes, relata Carlos.
- Ele só tinha quinze anos!
Carlos deixa os dois as sós, Gustavo fica abraçado a Luiza por um bom tempo, depois eles vão até a lanchonete do hospital.
- Por favor garçom, diz Luiza levantando o braço.
O garçom vem até a mesa que se encontram os dois.
- Pois não?, diz ele.
- Você pode me trazer dois sucos de laranja gelado, e dois sanduíches de muçarela com presunto.
- Eu só quero o suco, diz Gustavo desanimado.
- Traz os dos lanches por favor! Afirma Luiza.
O garçom anota tudo e sai.
- Estou sem fome Luiza.
- Você precisa comer, não se esqueça de tudo que você já passou à um tempo atrás.
- Eu sei o que passei, mais estou sem apetite, hoje cheguei a uma conclusão.
O garçom traz os pedidos e os ajeita na mesa, em seguida ele sai, Luiza toma um pouco do suco.
- Que conclusão? Pergunta ela mordendo o lanche.
- Eu não sirvo para ser médico.
Luiza limpa a boca com um guardanapo.
- Você serve sim Gustavo, você cativa as pessoas e elas gostam de você.
- Eu não vou suportar ver elas morrerem.
- Amor, todos nós vamos morrer um dia, e sei como é difícil ver alguém partir, ainda mais quando nos apegamos a tal pessoa, e quem parti por causa do Ca é pior ainda, eu sei bem porque quando meu irmão morreu eu fiquei assim sem rumo igual a você.
- Eu não quero estar ao lado da morte, pois eu já estive cara a cara com ela e não gostei nadinha.
- Você pode fazer a pediatria comum.
- Eu não estou preparado para isso, quando eu estava doente me questionava muito se iria clinicar, e hoje sei que não darei conta de ser médico.
- Você vai abandonar tudo?
- Eu vou Luiza, posso até vir aqui uma ou duas vezes por semana para alegrar às crianças e ajudar você, mais não quero mais criar vínculos.
- Gustavo você já criou vínculos, aquelas crianças gostam de você, e você prometeu ajuda-las.
- Eu sinto muito, mais não dá.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Acreditar Parte 12

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

No outro dia no hospital, Luiza analisa a tomografia de Renã, e a situação não é nada boa. Depois de muita conversa com Carlos, ela e ele vão conversar com Renã.
- Bom dia Renã, diz Carlos.
- Bom dia, pelo jeito minha situação não é legal né? Vocês dois juntos aqui tão cedo.
- Seu tumor apresentou uma pequena evolução, relata Luiza.
- Ele cresceu?
- De certa forma sim, para você ter uma proporção do caso ele era do tamanho de um grão de arroz, hoje ele já se parece com um grão de feijão.
- Então vou morrer? Pergunta Renã assustado.
- Não pense assim, diz Luiza pegando uma das mãos dele.
Renã levemente sorri olhando para ela.
- Com você aqui tudo fica melhor!, diz ele.
Carlos não gosta do que presencia.
- O que vai acontecer comigo agora?
- Vou entrar em contato com todos os neurocirurgiões do hospital, vamos estudar uma possível operação para a retirada do seu tumor, com os avanços tecnológicos quem sabe não encontramos uma saída para tudo, diz Carlos.
- Vamos arrumar um meio para salvar você.
- Descanse Renã, e tente manter a calma, vamos fazer o melhor por você com fé tudo dará certo, Luiza você me acompanha até lá fora preciso conversar com você. Até breve Renã.
- Até doutor.
- Tchau Renã.
Luiza solta a mão dele e sai junto com Carlos.
- Luiza eu não tenho nada a ver com sua vida, mais gostaria de te dar um toque.
- Claro pode dizer Carlos, considero você um segundo pai para mim.
- Eu reparei no modo como Renã a olha, e não me leve a mal, mais não se aproxime tanto dele, sei o quanto você é carinhosa com os pacientes, mas ele pode estar misturando as coisas.
- Você é a terceira pessoa que me fala isso, tomarei cuidado pode deixar.
Nesse meio tempo Gustavo vem correndo até eles chorando.
- O que houve? Pergunta Luiza aflita.
- O Gabriel faleceu, Luiza ele se foi, diz Gustavo nervoso.
- Como assim?
- Ninguém me avisou, ninguém.
- Falha da doutora Roseli, ela é quem toma conta da ala infanto-juvenil, nem eu sabia do ocorrido, relata Carlos.
- Eu cheguei e fui direto para o quarto dele, e ele não estava lá, pensei que estivesse fazendo algum exame, fui cumprimentar as enfermeira e aproveitei para perguntar dele, uma me informou que ele veio a falecer nesta madrugada, vítima de uma parada cardio-respiratória.
- Ele parecia tão bem ontem, mas não fica assim amor, ela está em um lugar melhor, Deus cessou seu  sofrimento.
- Ele estava bem, só que ele se foi, Luiza ele se foi, diz Gustavo soluçando.
- Vem aqui, diz Luiza o puxando para perto dela.
Ela o abraça forte e Gustavo debulha em lágrimas.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 15 de abril de 2014

Acreditar Parte 11

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Em casa Luiza comenta o fato ocorrido naquele dia, com sua mãe.
- Achei desnecessário o ciúmes do Gustavo por causa do Renã, mãe ele deu piti na frente de todos, eu fiquei super envergonhada.
- Filha, homens são assim ciumentos, agora me diz uma coisa esse Renã deu motivo para o surto do Gustavo?
- Não, ele só me abraçou e me elogio, nada de mais mãe.
- Luiza toma cuidado com esse Renã, sinto que ele não é boa coisa, meu pressentimento de mãe não falha.
- Mãe ele é um paciente comum, como todos os outros que me elogiam, além de tudo está enfrentando uma barra, pois o tumor dele não tem como ser operado.
- Ele é jovem, está internado num hospital, tem carências, desejos, isso basta para ele fazer algo de ruim sabe.
- Mãe! Por favor não viaja.
- Luiza eu tenho experiência no ramo homem cafajeste.
- Deixa o papai escutar a senhora dizendo isso, diz Luiza rindo.
- Boba, seu pai é um rei para mim, e eu não tenho do que me queixar dele, juntos nós somos um, filha eu te peço tome cuidado amor, cuidado para não se iludir e magoar os outros.
- Não vou me iludir, nem magoar ninguém, sei separar as coisas, eu só nutro amizade com o Renã e nada além disso, e apesar do Gustavo ter me magoado eu o amo muito. Bom vou para o meu quarto.
Luiza beija a testa da mãe e vai para o quarto, ela senta na cama e pega um retrato que está em cima do criado mudo, na foto ela e Gustavo estão abraçados, ela leva o retrato ao peito e o aperta forte.
- Mesmo chateada, não consigo parar de pensar em você, diz ela para si mesmo.
Seu celular toca, ela deixa o retrato sobre a cama para atender o telefone, vê que a chamada é de Gustavo ela decide atende-lo.
- Alô, diz ela.
- Tudo bem?
- Tudo mais ou menos sabe.
- Liguei para pedir desculpas.
- Só isso?
- E para dizer que eu te amo.
- Bom você já disse, então tchau.
- Lu, não desliga por favor amor me perdoa, eu não sei ficar brigado com você, sei que eu errei, que me descontrolei, que te fiz ficar triste, eu não vou aguentar ficar longe de você, do seu beijo, do seu abraço, do seu sorriso.
Ela o escuta mais não diz nada.
- Lu, eu preciso de você. Gustavo suspira - Eu preciso muito de você!
Luiza sente seu coração pulsar forte.
- Eu também preciso de você, e eu também não sei ficar brigada com você, eu te perdoou, pois meu amor fala mais alto que tudo, diz ela.
- Nosso amor é mais que tudo, desculpa, vou procurar ser melhor, prometo a você.
- Amanhã a gente conversa mais, preciso ir dormir, beijos amor tchau.
- Beijos amor, tchau e até amanhã.
Luiza desliga o celular e sorri, é possível ver o quanto aquelas poucas palavras a fizeram ficar bem. Gustavo era a segunda melhor coisa em sua vida.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Acreditar Parte 10

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Luiza vai ao quarto de Renã.
- Oi, diz ela.
- Olá, diz ele sorrindo.
- Vim pedir desculpas, por causa da maneira grosseira que o Gustavo te tratou.
- Ele não gostou muito de mim.
- Magina, ele é uma pessoa legal, foi só ciúmes mesmo.
- Entendo ele, se eu estivesse no lugar dele acho que faria o mesmo, quando a gente tem uma garota especial ao nosso lado é normal sentir ciúmes dela.
- Ciúmes não faz bem para nenhuma relação, mais vamos esquecer esse fato chato que ocorreu hoje, me diga como você se sente?
- Bem, ontem a noite que tive um pouco de dor de cabeça, pedi um remédio para a enfermeira e hoje estou sem dor.
- Hum, vou solicitar uma tomografia, para ver como está o seu tumor e para garantir que você continua reagindo bem ao tratamento, coisa rotineira não se preocupe.
Renã olha admiradamente e fixamente para Luiza, ela percebe os olhares dele e comenta, pensando que ela está a passar mal, mas na verdade ele está encantado por ela.
- O que foi Renã, está tudo bem?
Ele tira os olhos dela.
- Está, diz ele sacudindo a cabeça em forma de afirmação.
- Você pareceu estar viajando, diz ela sorrindo.
- Luiza, quero dizer doutora Luiza.
- Me chame só de Luiza.
- Como queira, Luiza você é muito bonita.
Ela fica sem jeito.
- Não me leve a mal, mais você chama muito a atenção de todos que ficam perto de você, seu carisma, doçura, beleza e alegria são encantadores.
- Agradeço os elogios, assim fico sem graça, muita gente me diz isso, só faço o que eu amo, adoro proporcionar alegria e cuidar das pessoas, bom tenho que ir, fique bem.
- Eu ficarei, você volta mais tarde?
- Se der eu volto sim, tchau Renã.
- Tchau Luiza.
Luiza sai, ao fechar a porta ela avista que Gustavo vem em sua direção.
- Eu quero pedir desculpas para o Renã, diz ele.
- Eu já fiz isso.
- Lu a gente não conversou direito.
- Depois a gente conversa, eu tenho que ir.
Luiza vira as costas e vai embora, Gustavo fica sem ação, olhando ela pegar o elevador.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

domingo, 13 de abril de 2014

Acreditar Parte 9

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Gustavo leva Gabriel de volta para o quarto.
- Você parece nervoso?
- Eu pareço não, eu estou nervoso, diz ele grosseiramente.
Gustavo sente um remorso pelo seu jeito de falar com Gabriel. 
- Nossa, me desculpe Gabriel pelo meu jeito grosseiro, você não tem nada a ver com os meus problemas.
- Não tem nada não, eu não tiro o seu direito a doutora Luiza além de ser bonita é uma moça especial e incrível. Natural que você sinta ciúmes dela.
- Ela é a minha vida.
- Mas vai com calma, senão vocês dois vão acabar brigando.
- Vou tentar me controlar, deixa eu ir indo, preciso consertar a besteira que eu fiz.
Gustavo se despede de Gabriel, e sai ao encontro de Luiza, quando ela vê ele se aproximando faz cara de desapontamento.
- Gustavo que cena foi aquela?
- Eu me alterei, me desculpa amor?
- Você se alterou na frente de todos, até do seu paciente, cadê a sua ética?
- Eu não gostei da ação do Renã, só isso!
- Só isso? Não foi só isso, saiba que você me magoou muito, até parece que você não confia em mim e na minha fidelidade a você.
Ele pega nas mãos dela e olha fundo em seus olhos.
- Me perdoe, eu prometo me controlar.
- Eu não conhecia esse seu lado possessivo, te digo uma coisa, ou você controla seu ciúme, ou você vai me perder.
Luiza dá de ombros e sai, Gustavo fica com os olhos marejados, Carlos se aproxima dele.
- O que houve entre vocês dois? A última briga que presenciei de vocês foi aquela em que o início do namoro começou, onde você beijou ela, ou melhor roubou um beijo dela.
- Dei uma mancada imensa com ela, mais não foi por querer, foi um impulso meu Carlos.
- Qual foi a mancada?
- Eu meio que surtei na frente de todos, por causa de ciúmes, eu amo a Luiza de mais, e me sinto no dever de proteger o que é meu.
- Gustavo, eu sei que ela é muito especial para você, pois ela salvou sua vida, e hoje te ama como você a ama, mas entenda uma coisa ela é sua namorada e não sua propriedade.
- Tenho muito medo de perde-la.
- Se você continuar agindo dessa forma, você corre o risco de perde-la mesmo, mais só eu sei o quanto ela o ama, e o quanto ela zela por você, então confie em si mesmo e a faça feliz.
Gustavo começa a chorar e Carlos o abraça.
- Eu sou um idiota mesmo.
- Não é não, pois idiotas não choram, você é um louco apaixonado só isso.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Acreditar Parte 8

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

No fim da música, todos alegres batem palmas, Renã se encanta ainda mais com Luiza ele vai até ela e à abraça.
- Agora entendi por que todos dizem que você é especial, diz ele.
Gustavo não gosta da cena que vê, ele também vai até Luiza, levando consigo o Gabriel.
- Lu, esse é o Gabriel, diz Gustavo fixando os olhos em Renã.
- Oi Gabriel, tudo bem? Pergunta Luiza abraçando o garoto.
- Tudo sim, é um prazer conhecer você, o doutor Gustavo só disse coisas boas a seu respeito.
Ela sorri para Gabriel.
- Gustavo deixa eu te apresentar o meu paciente também, esse é Renã, diz ela apontando para ele.
- Olá Renã, eu sou o namorado dela, diz Gustavo grosseiramente.
- Você é um cara de sorte, bom eu estou um pouco cansado vou voltar para o meu quarto, se vocês me dão licença.
- Toda, diz Gustavo.
- Lu, depois você vai passar no meu quarto? Pergunta Renã, com um certo olhar provocativo.
- Vou sim Renã.
Renã caminha para o seu quarto.
- Luiza qual é a desse cara? Pergunta Gustavo bravo.
- A dele é câncer, e ele é o meu paciente, Gustavo por favor se controle.
- Me controlar, Luiza ele está dando em cima de você, na cara dura, e isso eu não vou permitir sinto muito.
Luiza olha para Gabriel.
- Gustavo, leve o seu paciente para o leito dele, depois nós conversamos.
- Mais...
Ela interrompe ele.
- Sem mais, vá.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Acreditar Parte 7

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Na manhã seguinte Luiza chega animada ao hospital.
- Bom dia, diz ela dando um leve beijo em Gustavo.
- Bom dia dona alegria.
- Hoje quero colocar os pacientes para dançar.
- Conte com a minha ajuda doutora.
- Vou falar com o Carlos, e pegar o rádio.
- Eu vou buscar o Gabriel, ele nunca participou do projeto musical.
- Boia ideia!
Gustavo vai até o quarto de Gabriel, coloca ele em uma cadeira de rodas e o guia até o corredor da ala dos adultos, muitos pacientes já estão no corredor.
- O que viemos fazer aqui? Pergunta Gabriel.
- Hoje você vai participar do nosso projeto musical.
Gabriel olha para todos os pacientes admirado.
- Esse projeto é sempre assim?
- Uhum, com dança, show, alegria e muito mais, você vai gostar.
Luiza chega com o rádio.
- Bom dia a todos, sei que parece cedo para se iniciar o projeto musical, mais como eu acordei bem e feliz hoje, quero dividir isso com vocês de um modo que sempre dá certo junto da música, queridos e queridas vamos bailar com alegria, vamos deixar a música sonorizar nossos corpos, peço a todos que relaxem suas mentes, deixem a melodia guiar seus passos e se soltem, cada um no seu ritmo, a melodia será uma massagem interna e externa, quem pode se locomover dance, e quem não pode mexa os braços de um lado para o outro.
A canção que Luiza escolhe é  "Strawberry Swing do Coldplay" ela dá o play e a música começa, ela bate palmas pausadas e faz movimentos suaves com o corpo.
- Se soltem, sintam a melodia, sejam a melodia, diz ela.
Muitos demoram para se soltar, mais aos poucos vão deixando a melodia tomar conta dos seus movimentos, Gabriel que não pode ficar em pé por causa da sua debilitação, segue balançando os braços e sorrindo, Gustavo baila junto a Luiza.



Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

domingo, 6 de abril de 2014

Acreditar Parte 6

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

- Calma Gabriel, eu disse que sei como é difícil, pois eu já estive em seu lugar, eu estava assim como você, leucemia no estágio final, na luta para achar uma medula óssea compatível comigo, teve uma hora que eu esmoreci, que achava que a morte seria o meu fim, ai graças a Deus e a minha namorada hoje estou curado.
Gabriel o olha sério.
- Verdade, tudo isso que você acabou de me dizer?
- Sim, não adianta esmorecer, pois a doença toma conta de você, o câncer se alimenta de tristeza, raiva, mágoa e ódio.
- Por que você disse graças a sua namorada?
- Por que a medula dela era compatível com a minha, ela me salvou.
- Pena que eu não tenho uma namorada, também quem vai gostar de um careca?
- A minha gostou de mim quando eu estava careca.
Gabriel sorri.
- Que bom um sorriso, isso já é uma evolução.
- Você é diferente dos outros médicos, desculpe por eu ter te maltratado.
- Tudo bem, amigos? Pergunta Gustavo estendendo a mão para Gabriel.
- Amigos!, Gabriel aperta a mão de Gustavo.
- Como você se sente agora?
- Me sinto melhor.
- Você conhece o projeto musical para pessoas com câncer aqui do hospital?
- Já ouvi falar, mais eu nunca participei.
- Ele foi criado pela minha namorada, a doutora Luiza.
- Essa sua namorada deve ser a mulher maravilha né?
- Ela é bem mais que isso meu caro.
- Eu vou poder conhecer ela algum dia?
- Sim claro, ela também atua na área de onco, ela é o anjo dessa ala que muitos consideram triste. Bom eu vou indo, qualquer coisa dê um grito.
- Pode deixar doutor.
Gustavo sai do quarto e se encontra com Luiza.
- E ai como foi com o seu paciente? Pergunta ela.
- No inicio ele foi rebelde, mais logo depois ele se acalmou, ele é um bom menino, e o seu paciente?
- O Renã é bem calmo, me lembrou um certo alguém sabe, só que ele tem cabelo, diz ela fazendo uma careta carinhosa.
- Ai, ai, ai, não gostei disso, não vá fazer ele se apaixonar pela senhorita, e nem a senhorita se apaixonar por ele viu.
- Meu coração já tem dono.
Luiza abraça ele e o beija.
- Gostei desse beijo, quero mais, diz Gustavo bem próximo dela.
- Não vamos nos comportar no trabalho, diz ela se soltando dele.
- Eu te amo Lu!
- Eu te amo mais!, diz ela sorrindo.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sábado, 5 de abril de 2014

Acreditar Parte 5

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Gustavo visita seu paciente.
- Olá, tudo bem Gabriel?, diz ele entrando no quarto.
Gabriel responde rispidamente.
- Eu pareço bem, olha pra mim é claro que eu não estou bem.
- Quanta raiva.
- Não é raiva, isso se chama câncer!
- Não, isso se chama raiva mesmo.
- Quem é você?
- Sou o doutor Gustavo, eu vim lhe fazer uma visita.
- Não acredito mais um para me infernizar.
- Não vim te infernizar, eu vim te visitar, irei acompanhar o seu caso.
- Caso não, veio ter pena e dó de mim né?
- Não, eu não tenho dó, e muito menos pena, eu nem sou passarinho, nem violino.
- Ha, ha, ha, diz Gabriel com ar de deboche.
- Agir dessa forma só vai te fazer mal.
- Eu já estou mal, e outra vou morrer mesmo.
- Como você sabe?
- Você tá de brincadeira comigo né? Olha pra mim você é cego?
- Não sou cego, você não acredita em Deus?
- Deus não existe, por que se ele realmente existisse eu não estaria com essa doença maldita, eu só tenho quinze anos, - só quinze anos grita ele.
- Gabriel, eu sei o quão difícil é estar doente.
- Não você não sabe, eu perdi tudo, perdi meus cabelos, perdi minha alegria, vou perder a minha vida.
- Não, você não vai, basta acreditar.
- Estou cheio desse sermão médico, que tudo vai ficar bem, eu sei que não vai, não sou como essas crianças que acreditam em mágica, eu nem sou mais criança.
- Mais está agindo como uma, chorona e rebelde.
- Eu não queria ter câncer, eu não queria, diz ele já chorando.
Gustavo chega mais próximo da cama dele, e o abraça forte.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Acreditar Parte 4

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Luiza vai visitar o seu novo paciente, ela bate na porta e entra, Renã está deitado na cama.
- Bom dia, tudo bem Renã?
- Tudo, quem é você?
- Me chamo Luiza, faço parte do quadro de residentes em oncologia do hospital, vou acompanhar o seu caso ok?
- Ok!
- Vou te fazer algumas perguntas, para colocar no meu relatório, posso começar?
- Sim, diz ele sorrindo.
Luiza é uma jovem muito encantadora, todos que ficavam a sua volta à admiravam, assim como Renã.
- Como você descobriu que possuía um tumor no cérebro?
- Foi do nada, eu tive uma dor de cabeça muito forte, meu pai me levou para o pronto socorro do nosso bairro, chegando lá eu desmaiei, o médico que me atendeu pediu que eu fizesse uma tomografia, fiz e lá estava o bicho ruim.
- Você não apresentava sinais e sintomas da doença, antes desse acontecimento?
- Eu sempre tive dores de cabeça, fui em vários médicos e eles sempre diziam que era enxaqueca, e no fim não era.
- Sua doença não está tão avançada?
- Não, ela é nível um ou dois, sei que não posso operar, pois o tumor se encontra no meio do meu cérebro, bem aqui, diz ele colocando a mão na nuca.
- Está localizado na região occipital do seu crânio.
Luiza anota tudo.
- Tomo remédios para ele não evoluir, o bom disso tudo é que meus cabelos não foram embora.
- Sempre tem um lado bom né! E sua aparência está ótima.
- É, vejo alguns pacientes aqui que parecem zumbis.
Os dois riem.
- Bom vou deixar você agora, qualquer coisa é só me chamar.
- Você já vai, fica mais um pouco, você me parece ser uma ótima pessoa.
- É o que todo mundo diz, mais não sei não viu, eu estarei no corredor, qualquer coisa é só me chamar.
Ela pisca para ele, Renão sorri, Luiza sai o quarto.
- Como ela é linda, pensa alto ele.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Acreditar Parte 3

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Gustavo, Luiza, Carlos e Omero se retiram da brinquedoteca.
- Amei a recepção de boas vindas.
- Você merece todo esse carinho, relata Carlos.
- Agora é vida nova  filho.
- Nem acredito, depois de um certo tempo tiro o fantasma de paciente e coloco a capa de médico.
- Não disse que nós seriamos colegas de trabalho, com fé tudo se ajeitou, diz Luiza sorridente.
- É, graças a você que hoje estou aqui.
- Bom chega de papo, vamos ao trabalho senhores, diz Carlos.
- Bom serviços a vocês, diz Omero.
- Pai leve os meus presentes para sua sala, quando eu for embora passo lá e levo tudo para casa.
Gustavo entrega os presentes para o pai, Omero se retira.
- Vamos conhecer nossos novos pacientes? Pergunta Luiza.
- Isso mesmo, vou começar entregando para a senhorita o seu novo paciente, ele está no leito trinta da ala adulto se chama Renã, tem vinte e quatro anos e há dois meses descobriu um tumor no cérebro, feito os exames complementares foi relatado que era câncer, o local onde se encontra o tumor é de difícil acesso.
- Se ele for operado, pode não sobreviver? Pergunta ela.
- Correto Luiza, ele toma medicamentos para conter possíveis dores e para que o tumor não evolua, isso é o que o mantém vivo, relata Carlos.
- O tumor estacionou?
- Sim, graças a Deus.
Ela anota tudo em sua caderneta.
- Agora é sua vez meu caro Gustavo, seu paciente é da ala infanto-juvenil, ele está no leito dez se chama Gabriel, tem quinze anos possui leucemia mesmo estado e nível que se encontrava a sua, aguarda um possível e preciso transplante de medula óssea, vou lhe avisar de ante mão, ele é um pouco rebelde, descobriu a doença quando tinha dez anos e desde então vem lutando para vence-la.
- Os medicamentos estão fazendo efeito? Pergunta ele.
- Sim, de certa forma estão, só que a leucemia do Gabriel vai e volta, curamos ele hoje, amanhã ou depois ela retorna, por isso é preciso um transplante de medula para a cura total dele.
- Certo, entendi.
Carlos entrega o prontuário dos pacientes para Luiza e Gustavo.
- Bom trabalho a vocês dois, qualquer coisa estarei na minha sala ok!
Carlos sai.
- Boa sorte doutor Gustavo.
- Obrigado doutora Luiza, e você nem precisa que eu te deseje sorte pois você já nasceu com ela.


Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)