quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Tudo Por Amor (Parte 15)

A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.

Tempos mais tarde, o médico volta na sala de espera.
- Vou liberar uma visita rápida para a paciente. Quem de você dois quer vir?
- Mãe a senhora consegue ir, eu fico com a Laura aqui.
Isabella vai, e ao entrar na U.T.I e ver o estado da filha ela leva a mão ao peito, e suspira fundo.
- A senhora tem dez minutos - relata o médico, ele se retira.
Ela se aproxima do leio da filha, acaricia os cabelos dela e a beija na testa. Claudia abre os olhos e diz com voz embargada.
- Mae?!
- Eu to aqui filha.
- E a Laura?
- Está bem, ela está com Lúcio, descanse amor!
- Mãe cuida dela pra mim!
- Eu vou cuidar dela e de você.
- Me perdoa mãe?! - Claudia tosse. 
- Te perdoar do que filha?
- Perdoa os meu erros?!
- Filha, amar virou erro agora? Tudo que você fez foi por amor a sua filha - Isabella aperta a mão de Claudia e chora. - Tudo isso vai passar, você vai sair dessa meu amor!
- Mãe! - Claudia suspira. - Quero lhe pedir outra coisa.
- Pode pedir filha!
- Eu não quero que a senhora traga a Laura aqui, não quero assustar minha filha. Quero que ela lembre de mim só em forma positiva.
- Claudia você não vai morrer!
- Eu sei que vou mãe, eu sei - lágrimas correm pela face dela.
Passam-se duas semanas, e Claudia só piora, na tarde do segundo sábado de inverno ela vem a falecer, por complicações respiratórias. No dia do seu enterro chove leve, as pequenas gotas eram iguais as lágrimas da saudade que tomava conta de todos. Na volta para casa, Laura encanta com suas palavras ingênuas.
- Vovó, minha mãe foi brilhar lá no céu né?
- Foi sim querida, ela virou uma estrela - diz Lúcio.
- Mas um pedacinho dela sempre vai estar com você, em forma de amor, lá no fundo do seu coração! - relata Isabella.
- Em pensar que esse amor a matou - pensa alto Lúcio.
- Não diga isso Lúcio, tome cuidado com as suas palavras, pense em Laura.
- Desculpe, pensei alto. Daqui para frente não vai ser fácil!
- Vamos ter que ser fortes, para cuidar da Laura.
Laura segue olhando os carros que passam lá fora.
- Tão pequena, e já tem que enfrentar essa barra!
- É!
- Vó?
- Oi querida.
- Mesmo mamãe estando dentro de mim, já sinto saudade, ela sempre me abraçava e me beijava.
- Com o tempo querida, essa saudade vai se amenizar.
- E quanto tempo leva isso?
- Depende do seu coração amor!


Autora: Ana Paula Catarino
(Fim)