A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.
- Chegamos, leito vinte e dois.
Os dois entram e encontram Gustavo sentado na poltrona.
- Olá moço, tudo bem?, pergunta Carlos.
- Tudo, responde ele.
- Continua firme e forte?
- Tenho que continuar.
- Luiza esse é Gustavo, ele tem vinte e cinco anos, descobriu que possuía a leucemia á um ano mais ou menos, ele tem respondido bem aos tratamentos e aguarda um possível transplante de medula.
- Quem é ela?, pergunta Gustavo.
- É nossa nova colega de trabalho, doutora Luiza, diz Carlos.
Ela chega perto de Gustavo e o cumprimenta com um aperto de mão, ele retribui.
- Olá Gustavo, sou a nova residente em onco, eu vou acompanhar o seu caso.
Gustavo se encanta com a simplicidade e doçura de Luiza.
- Seja bem vinda, diz ele.
- Ele é todo seu, qualquer coisa estarei na minha sala.
Carlos se retira do quarto.
- Bom você vai me fazer perguntas certo?, diz Gustavo.
- Sim, preciso para colocar no meu relatório, posso começar?
- Sim, mas sente-se aqui eu vou ficar na cama, diz ele se levantando da poltrona.
- Não se incomode, pode ficar ai em seu lugar mesmo, eu fico de pé.
Ele se senta novamente.
- Como você descobriu que possuía leucemia?, pergunta ela.
- Em uma consulta rotineira de ano, fiz os exames como o meu médico sempre pedia e lá estava constatada a doença.
- Você não apresentava nenhum sinal ou sintoma da doença?
- A princípio nenhum, eu não sentia nada, eu até me assustei com o diagnóstico.
- Nossa, mas sua leucemia não está tão avançada?
- Ela está um pouco, o Carlos diz que reajo bem ao tratamento, só que ele quer que eu faça um transplante de medula.
Luiza estava a anotar tudo que Gustavo lhe dizia.
- O transplante vai te deixar cem porcento recuperado, em certos casos é o melhor a se fazer, diz ela.
- O ruim é achar alguém compatível comigo, tem certas horas que eu desisto de pensar que possa haver alguém compatível.
Luiza pega na mão dele.
- Acredite e tenha fé que você vai conseguir, bom eu vou deixar você descansar agora, chega de interrogatório por hoje, qualquer coisa me chame ok.
- Pode deixar, qualquer coisa eu grito, diz ele sorrindo.
Luiza sai e caminha pelo corredor, passam-se algumas horas e ela decidi ir na ala infanto-juvenil, chegando lá tem uma grande surpresa.
Autora: Ana Paula Catarino
(Continua...)
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