A história e os nomes apresentados aqui são de origem fictícia, qualquer semelhança é mera coincidência.
Ele a abraça e os dois choram, Rosa então acorda. Ela se levanta lava o rosto com o pouco de água que esta barrenta e segue para cozinha, chegando lá a menina vê sua mãe triste.
- O que foi mãe?
- A água esta acabando, seu pai foi até a cidade para ver se consegue mais.
- Não fique aflita, Deus vai colocar tudo no lugar, mãe tive um sonho bom, eu estive próximo do céu.
- Como assim Rosa?
- Conversei com um anjo de Deus, o lugar era lindo, sinto que algo de bom irá acontecer.
- Larga de loucura sua doida, diz Carla.
- Não fale assim com sua irmã.
- Mãe ela é doida, vive falando de Deus, acorda (ela da um tapa nas costas da irmã) olha a sua volta seu Senhor esqueceu da gente.
- Ele não esquece de ninguém, na hora certa ela vai agir, triste de quem não crê nele.
Carla ri.
- Sua irmã está certa, Deus vai nos ajudar.
- Mãe até a senhora com isso de fé, esse blá blá blá não enche barriga, nem mata sede.
Daqui a pouco ouve se um grito, é João o pai das meninas.
- Venham ver!
O que será, elas saem para fora, quando olham os céus estão ficando escuro, as nuvens parecem fumaça, começa a gotejar de leve e em questão de segundo está chovendo.
- É um milagre, diz Lindaura.
João tira o chapéu e ergue as mãos.
- Obrigada Senhor, agradece ele.
A chuva é esperada por meses, aquilo era uma alegria numa terra seca e quase sem vida.
- Eu sabia que Deus não ia nos abandonar, diz Rosa.
Carla fica pasma e por incrível que pareça ela chora e suas lagrimas se juntam a chuva. Rosa abraça a irmã, aquele dia todo a chuva renovou muitas almas que ali habitavam até o gado fraco agradeceu. Deus sabe o que faz e quando é a hora certa para as coisas acontecerem.
Autora: Ana Paula Catarino
(Fim)
Nenhum comentário:
Postar um comentário